Apologética Católica

Só é possível amar ao que se conhece e defender o que se ama: Conheça e defenda a santa fé Católica


Originalmente publicado em Grupo de Oração São José / 
Editado pelo Blog Ecclesia Militans
Santa Missa - Bendição Genuflexão

Santa Missa Católica

Em sua primeira carta, São Pedro nos chama a atenção para “estarmos preparados a responder a todo aquele que nos pedir a razão da nossa esperança” (citação livre de I Pd 3,15). A nossa esperança é Jesus Cristo! O mesmo São Pedro, no discurso aos judeus, disse: “Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12).

A fé católica e toda a sua vivência estão centradas em Jesus: “Ele é o Senhor” (citação livre de Fl 2,11). Contudo, o próprio Jesus instituiu Sua Igreja e quis que ela fosse o Seu próprio Corpo Místico (cf. I Cor 12,27)-sacramento universal da salvação de todos os homens. O próprio Senhor resgatou a Sua Igreja com o Seu Sangue; confiou-lhe o sagrado depósito da fé e deu a ela o Seu Espírito para conduzi-la a toda a verdade (cf. Jo 16,13). O Espírito Santo é a alma e a garantia da infalibilidade da Igreja, no que concerne à doutrina católica. Nos dois mil anos de caminhada, o Espírito conduziu a Igreja do senhor e ensinou-lhe todas as coisas, recordando-lhe tudo o que Jesus ensinou (cf. Jo 14,26).

No Credo – símbolo dos apóstolos – encerra-se conteúdo dogmático básico da fé católica. Já no início do cristianismo, “perseveravam eles [os fiéis] na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão (Eucaristia) e nas orações” (At 2,42). Essa doutrina dos apóstolos está encerrada no Credo, nossa profissão de fé.

Além dos dogmas iniciais, sob a luz do Espírito, a Igreja estruturou todo o arcabouço da fé, sob o comando de Pedro, a quem o próprio Senhor garantiu a infalibilidade, reconhecida de modo definitivo no Concílio Vaticano I (1870). Na pessoa do Papa, a Igreja entendeu que é vontade do Senhor ter o Seu vigário na terra como pedra fundamental da unidade da Sua Igreja. Por isso, a obediência e a submissão ao Papa são características essenciais do catolicismo. Sem o Papa não existe a Igreja. Os antigos padres afirmavam: “Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja, está Cristo.”

Outra característica da fé católica é a devoção aos santos, principalmente à Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Jesus no-la deu aos pés da cruz, dizendo a João: “Eis aí tua mãe” (Jo 19,27b). Essa foi uma doação de Jesus à Sua Igreja e a cada um de nós. Maria é nossa Mãe! Nós, católicos, não a adoramos, pois ela não é uma deusa; nós a veneramos como Mãe muito querida e preocupada com o bem de cada um de seus filhos salvos por Jesus. Sem Maria, Virgem, Imaculada, Mãe de Deus, levada ao céu de corpo e alma, não há catolicismo.

Ao contrário do que falsamente se propaga nos meios não católicos, a devoção à Maria é, na verdade, a expressão de reconhecimento mais sincera que o cristão pode oferecer a Deus por Sua imensa misericórdia e amor ao mundo, por incluir em Seu plano de Salvação uma mera criatura, Maria. Não cessando ai, contudo, pois após incluí-la, não por necessidade, mas por escolha, na Pessoa de Jesus no-la ofertou como intercessora perpétua de nossas causas:

Confesso com toda a Igreja que Maria é uma pura criatura saída das mãos do Altíssimo. Comparada, portanto, à Majestade infinita, ela é menos que um átomo, é, antes, um nada, pois que só ele é “Aquele que é” (Ex 3, 14) e, por conseguinte, este grande Senhor, sempre independente e bastando-se a si mesmo, não tem nem teve jamais necessidade da Santíssima Virgem para a realização de suas vontades e a manifestação de sua glória. Basta-lhe querer para tudo fazer. Tratado da Verdadeira devoção da Santíssima Virgem por L. M.G. de Montfort

Outro sinal de autenticidade da fé católica são os sete sacramentos, de modo especial a confissão (penitência) auricular e a Eucaristia (comunhão). Através da confissão, Jesus limpa e purifica a Sua Igreja com o Seu próprio Sangue redentor. Através da Eucaristia, nutre os Seus com a Sua própria Carne, Sangue, Alma e Divindade.

A fé católica está baseada na Bíblia, é lógico! Contudo, apoia-se também na tradição e nos magistério dirigido de modo infalível pela cátedra de Pedro. A tradição consiste em tudo o que a Igreja viveu e aprendeu sob a luz do Espírito Santo nesses dois mil anos de vida. O sagrado magistério é todo imprescindível ensinamento acumulado durante os séculos e oficializado pelo Papa. A tradição e o magistério da Igreja garantem a interpretação autêntica da revelação bíblica e constituem a fonte da riquíssima vida litúrgica da Igreja, através da qual prestamos ao Senhor toda a honra, glória e louvor.

Ouça também: O cristão e a fé

A liturgia é também uma das fontes  características da fé católica. O calendário religioso é enriquecido pela vivência litúrgica de suas festas: Advento, Quaresma, Páscoa, Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi, Tempo Comum, etc. É toda a vivência religiosa acumulada pela tradição e ensinada pelo magistério da Igreja.embuscadaperfeio

Além disso, a fé católica é também preservada pela hierarquia sagrada. Sagrada sim, pois foi da vontade de Jesus que ela existisse. Ele quis fundar a Sua Igreja sobre a rocha de Pedro (Kefas) e dos apóstolos, que são os bispos. Por isso, não há Igreja sem o Papa e sem os bispos. Bem sabia o Senhor que, sendo também humana, Sua Igreja não sobreviveria sem a hierarquia. O desrespeito à hierarquia é um desrespeito àquele que a instituiu e uma ameaça à unidade da Igreja.

Esses são os principais sinais da fé católica, queridos por Jesus e preservados pela Sua Igreja. Quem não guarda essas características não pode se dizer católico.

Prof. Felipe Aquino

Excerto do livro: Em busca da Perfeição com Edição do Blog Ecclesia Militans

Seja respeitoso. Atenha-se ao tema do post. Comentários fora do tema original poderão ser excluídos.