Patrística

Hermas de Roma – Lições para a Santidade II


Hermas de Roma (Escrito entre 142 e 155 d.C)

PRIMEIRO MANDAMENTO

CAPÍTULO 26

“Antes de tudo, crê que existe um só Deus, que criou e organizou o universo, fazendo passar todas as coisas do não-ser para o ser, que contém tudo e ele próprio não é contido por nada. Crê nele e teme-o, e temendo-o, sê continente. Observa isso e afasta de ti todo mal, para que sejas revestido de toda virtude de justiça, e viverás para Deus, se observares esse mandamento.”

SEGUNDO MANDAMENTO

CAPÍTULO 27

Ele me disse: “Sê simples e inocente, e serás como as crianças que não conhecem o mal que destrói a vida dos homens. Em primeiro lugar, não fales mal de ninguém, nem ouças com prazer o maledicente. Do contrário, participarás do pecado do maledicente, se acreditares na maledicência que ouves. Pois, acreditando nisso, também ficarás hostil ao teu irmão, e participarás do pecado do maledicente. A maledicência é má, é demônio agitado, que nunca está em paz, e só sente prazer nas discórdias. Fica longe dele, e tuas relações com todos serão sempre perfeitas. Sê reservado. Com reserva, não há mau tropeço, mas tudo é plano e alegre. Realiza o bem e, do produto do trabalho que Deus te concede, dá com simplicidade a todos os necessitados, sem te preocupares a quem darás ou não. Dá a todos, porque Deus quer que seus próprios bens sejam dados a todos. Os que recebem prestarão contas a Deus do motivo e finalidade daquilo que tiverem recebido: os que receberem por necessidade não serão julgados, mas os que enganarem para receber, serão punidos. Aquele que dá é irrepreensível, pois realiza com simplicidade o serviço, conforme recebeu do Senhor, sem discriminar a quem dá ou não. O serviço, assim realizado na simplicidade, subsistirá em Deus. Observa, portanto, esse mandamento, conforme te ordenei, para que tua conversão e a da tua casa sejam encontradas simples, puras, inocentes e incorruptíveis.”

TERCEIRO MANDAMENTO

CAPÍTULO 28

Ele me disse novamente: “Ama a verdade, e apenas a verdade saia de tua boca, para que o espírito, que Deus colocou nesse corpo, seja encontrado verdadeiro por todos os homens. Assim, o Senhor, que habita em ti, será glorificado, porque o Senhor é verdadeiro em todas as palavras, e nele não há mentira. Os mentirosos renegam o Senhor e o despojam, não lhe restituindo o depósito recebido. De fato, receberam dele um espírito que não mente. Se o restituem mentiroso, transgridem o mandamento do Senhor e se tornam fraudulentos.” Ouvindo isso, eu chorei muito. Vendo-me chorar, ele me disse: “Por que choras?” Eu respondi: “Senhor, porque não sei se posso me salvar.” Ele perguntou: “Por quê?” Eu continuei: “Senhor, é porque na minha vida eu nunca disse palavra verdadeira, mas sempre vivi usando de fraude para com todos e fiz com que minhas mentiras passassem por verdades aos olhos de todos. Ninguém jamais me contradisse. Ao contrário, sempre confiaram em minha palavra. Senhor, como posso viver, tendo feito isso?” Ele me disse: “Tu pensas bem e verdadeiramente. De fato, era preciso que, como servo de Deus, tivesses caminhado na verdade. A má consciência não deveria habitar com o espírito da verdade e trazer tristeza ao espírito santo e verdadeiro.” Eu disse: “Senhor, jamais ouvi palavras tão exatas.” Ele continuou: “Agora, porém, estás ouvindo. Observa-as, a fim de que também as mentiras que disseste antes em teus negócios, agora tenham credibilidade, ao verem que a tua linguagem hoje é verdadeira. Se observares essas coisas e, a partir de agora, disseres só a verdade, poderás adquirir a vida. E todo aquele que observar esse mandamento e se abstiver desse grande vício da mentira, viverá em Deus.”

QUARTO MANDAMENTO

CAPÍTULO 29

Ele me disse: “Eu te ordeno guardar r castidade e que não entre em teu coração o desejo de outra mulher, nem de qualquer fornicação, nem de qualquer outro vício semelhante. Porque, se fizeres isso, cometerás grande pecado. Lembra-te sempre de tua esposa, e jamais pecarás. Se esses desejos entrarem em teu coração, pecarás; e se entrarem outras coisas igualmente más, também cometerás pecado, pois tal desejo é grande pecado para o servo de Deus. Se alguém realiza esse ato vicioso, prepara a morte para si mesmo. Portanto, estejas atento. Evita esse desejo, pois onde habita a santidade, no coração do homem justo, a iniqüidade não deve entrar.” Eu lhe disse: “Senhor, permite-me apresentar algumas questões.” Ele respondeu: “Podes perguntar.” Eu continuei: “Senhor, se alguém tem esposa que crê no Senhor, e descobre que ela é adúltera, esse homem comete pecado vivendo com ela?” Ele me respondeu: “Enquanto ele não sabe, não comete pecado. Mas se fica sabendo do pecado de sua mulher e que ela, ao invés de se arrepender, persiste no adultério, o marido, vivendo com ela, se torna cúmplice de sua falta e participa no adultério dela.” Então perguntei: “Se a mulher persiste nessa paixão, o que o marido deverá fazer?” Ele respondeu: “Deve repudiá-la e viver sozinho. Contudo, se depois de ter repudiado sua mulher, ele se casar com outra, então ele também comete adultério.” Eu disse: “Senhor, e se a mulher depois de ter sido repudiada, se arrepender e quiser voltar a seu marido, ele deverá acolhê-la?” Ele continuou: “Sim. E se o marido não a receber, ele cometerá pecado e carrega-se de grande culpa. E preciso acolher aquele que peca e se arrepende, mas não muitas vezes. Para os servos de Deus existe apenas uma conversão. É em vista dessa conversão que o homem não deve se casar de novo. Essa obrigação vale tanto para a mulher como para o homem. O adultério não é apenas macular o corpo. Quem vive como os pagãos, também comete adultério. Portanto, se alguém persiste nessa conduta sem se converter, afasta-te e não vivas mais com ele. Caso contrário, serias cúmplice do seu pecado. A razão por que se ordena permanecer sozinho, tanto o homem como a mulher, é porque em tal caso é possível o arrependimento. “Contudo, não quero dar tal pretexto para que alguém faça isso, e sim impedir que o pecador recaia no pecado. Para quem pecou antes, existe quem pode curá-lo: é aquele que tem poder sobre todas as coisas”.

CAPÍTULO 30

Continuei a perguntar: “Uma vez que o Senhor julgou-me digno de habitares sempre comigo, suporta ainda algumas interrogações, pois nada compreendo, e meu coração se endureceu, por causa de minhas ações passadas. Ensina-me, pois sou totalmente desprovido de inteligência e não compreendo absolutamente nada.” Ele me respondeu: “Estou encarregado da conversão e concedo inteligência a todos o que se arrependem. Não te parece que o fato de se arrepender é em si mesmo inteligência? O arrependimento é ato de grande inteligência. Com efeito, o pecador compreende que fez o mal diante do Senhor, e que o ato que ele cometeu entra no coração, então se arrepende e não pratica mais o mal. Ao contrário, ele se empenha com todo o zelo a praticar o bem, humilha e experimenta a sua alma, pois ela pecou. Vês, portanto, que o arrependimento é ato de grande inteligência.” Eu disse: “Senhor, é por isso que te pergunto essas coisas com minúcias. Primeiro, porque sou um pecador que desejo saber o que devo fazer para viver, pois meus pecados são muitos e numerosos.” Ele disse: “Viverás, se observares meus mandamentos e seguires seus caminhos. Quem ouvir esses mandamentos e os observar, viverá em Deus.”

CAPÍTULO 31

Eu disse: “Senhor, ainda quero te fazer outra pergunta.” Ele respondeu: “Pergunta.” Continuei: “Ouvi alguns doutores dizerem que não há outra conversão além daquela do dia em que descemos à água e recebemos o perdão dos pecados anteriores.” Ele me respondeu: “Ouviste bem. E assim mesmo. Aquele que recebeu o perdão de seus pecados não deveria mais pecar, e sim permanecer na pureza. Entretanto, como queres saber tudo com pormenores, eu te explicarei também isso, sem dar pretexto para pecar aos que hão de crer ou aos que começaram agora a crer no Senhor, pois tanto uns como outros não têm necessidade de fazer penitência de seus pecados, pois seus pecados passados já foram abolidos. Para os que foram chamados antes destes dias, o Senhor estabeleceu uma penitência, pois o Senhor conhece os corações. E sabendo tudo de antemão, ele conheceu a fraqueza dos homens e a esperteza do diabo em fazer o mal aos servos de Deus e exercer sua malícia contra eles. Sendo misericordioso, o Senhor teve compaixão de sua criatura e estabeleceu a penitência, e deu-me o poder sobre ela. Todavia, eu te digo: se, depois desse chamado importante e solene, alguém, seduzido pelo diabo, cometer pecado, ele dispõe de uma só penitência; contudo, se peca repetidamente, ainda que se arrependa, a penitência será inútil para tal homem, pois dificilmente viverá.” Então eu lhe disse: “Senhor, sinto-me reviver depois de ouvir essas coisas tão pormenorizadamente, pois sei que serei salvo, se eu não continuar a pecar.” Ele me disse: “Serás salvo, tu e todos os que fizerem essas coisas.”

CAPÍTULO 32

Eu lhe perguntei novamente: “Senhor, já que toleraste uma vez minhas interrogações, esclarece-me também este ponto.” Ele respondeu: “Podes falar.” Eu disse: “Senhor, se uma mulher ou um homem morre e o cônjuge se casa de novo, este último peca por se casar?” Ele respondeu: “Não peca, mas, se permanece sozinho, adquire maior honra e glória diante do Senhor. Se ele se casa, porém, não comete pecado. Observa, portanto, a castidade e a santidade, e viverás em Deus. Observa tudo o que te digo e te direi a partir deste dia em que me foste confiado, e habitarei em tua casa. Alcançarás o perdão de teus pecados passados, contanto que observes os meus mandamentos. Também os outros serão perdoados, se observarem meus mandamentos e se caminharem nessa castidade.”

QUINTO MANDAMENTO

CAPÍTULO 33

Ele me disse: “Sê paciente e prudente, e dominarás todas as ações más e realizarás toda a justiça. Se fores paciente, o Espírito Santo, que habita em ti, será límpido e não ficará na sombra de outro espírito mau. Encontrando grande espaço livre, ele ficará contente e se alegrará como o vaso em que ele habita e servirá a Deus com alegria, pois terá felicidade em si mesmo. Se sobrevier acesso de cólera, imediatamente o Espírito Santo, que é delicado, se angustiará por não ter lugar puro, e procurará afastar-se do lugar. Ele se sente sufocado pelo espírito mau e não tem mais lugar para servir a Deus como quer, porque está contaminado pela cólera. Com efeito, o Senhor habita na paciência e o diabo, na cólera. Que esses dois espíritos habitem juntos é, portanto, coisa inconveniente e má para o homem em que habitam. Se tomas uma pequenina gota de absinto e a derramas num vaso de mel, não se estraga todo o mel? O mel fica estragado pelo pouquíssimo absinto, que destrói a doçura do mel, e já não agrada ao dono, porque se tornou amargo e sem utilidade. Todavia, se não se derrama absinto no mel, o mel permanece doce e agrada muito ao seu dono. Vê: a paciência supera o melem doçura, é útil ao Senhor, que habita nela. Ao contrário, a cólera é amarga e inútil. Portanto, se se mistura a cólera com a paciência, a paciência se mancha, e sua oração não é útil para Deus.” Eu disse: “Senhor, eu desejaria conhecer a força da cólera, para me preservar dela.” Ele respondeu: “Se não te guardares com tua família, destruirás toda a esperança. Mas preserva-te dela, pois eu estou contigo. Todos os que fizerem penitência do fundo do coração se guardarão dela, porque eu estarei com eles e os protegerei. Com efeito, todos foram justificados pelo anjo santíssimo.”

CAPÍTULO 34
Ele me disse: “Escuta agora qual é a força da cólera como ela é má, como perverte os servos de Deus com sua força, e como os desvia da justiça. Ela não desvia os pleno. de fé, nem pode fazer nada contra eles, pois meu poder está com eles. Ela desvia somente os vazios e vacilantes. Quando a cólera vê essas pessoas tranqüilas, insinua-se no coração delas e, por um nada, o homem ou a mulher se deixam tomar pela amargura, com os negócios da vida cotidiana, alimentação, ou qualquer futilidade, um amigo, um presente dado ou recebido, ou ainda qualquer outra ninharia. Tudo isso são coisas fúteis, vãs, insensatas e prejudiciais para os servos de Deus. A paciência, ao contrário, é grande e forte, tem força poderosa e sólida, que se expande largamente; a paciência é alegre, contente e sem preocupações, e glorifica o Senhor em todo momento. Nada nela é amargo; ela permanece sempre doce e calma. Essa paciência habita com os que têm fé íntegra. A cólera, ao contrário é, em primeiro lugar, estulta, leviana e estúpida; da estupidez nasce a amargura; da amargura a irritação; da irritação, o furor, e do furor o ressentimento. Tal ressentimento, nascido de tantos males, é pecado grave e incurável. Quando todos esses espíritos vêm habitar o mesmo vaso, onde já habita o Espírito Santo, o vaso não pode mais conter tudo e transborda. Então o espírito delicado, que não tem o costume de habitar com o espírito mau, nem com a aspereza, afasta-se de tal homem e procura habitar com a doçura e a mansidão. Mas, quando se afasta do homem em que habitava, esse homem se esvazia do espírito justo e, daí para a frente, cheio de espíritos maus, agita-se em todas as suas ações, arrastado de cá para lá pelos espíritos maus, completamente cego para todo pensamento bom. Eis o que acontece com todas as pessoas coléricas. Afasta-te, portanto, da cólera, esse espírito maligno. Reveste-te, em troca, de paciência, resiste à cólera e à amargura, e te encontrarás com a santidade, amada pelo Senhor. Estejas atento para não te descuidares desse mandamento. Se o dominares, poderás observar também os outros mandamentos, que te ordenarei. Sê forte e inabalável neles, e fortaleçam-se igualmente todos os que quiserem caminhar neles.”

SEXTO MANDAMENTO

CAPÍTULO 35

Ele me disse: “No primeiro mandamento, eu te ordenei guardar a fé, o temor e a continência.” Eu respondi: “Sim, Senhor.” Ele continuou: “Agora te explicarei as forças dele, para que conheças o poder e a eficácia que elas possuem. Suas forças são de dois tipos e estão relacionadas com o justo e com o injusto. Tem confiança no justo, mas não confies no injusto. De fato, o justo segue caminho reto, ao passo que o injusto segue caminho tortuoso. Quanto a ti, anda pelo caminho direito e plano, deixando o caminho torto. O caminho tortuoso não tem trilhas, mas é impraticável, cheio de obstáculos, pedregoso e espinhoso. Ele é fatal para os que nele caminham. Aqueles, porém, que andam pelo caminho reto, andam de maneira uniforme e sem tropeços, porque ele não é pedregoso, nem espinhoso. Vês, portanto, que é mais conveniente seguir o caminho reto. Eu lhe disse: “Senhor, eu gosto de andar por esse caminho.” Ele me disse: “Segue-o, e siga também por ele todo aquele que se converte ao Senhor, do fundo do coração”.

CAPÍTULO 36

Ele me disse: “Ouve agora o que vou te falar sobre a fé. Há dois anjos com o homem: um é da justiça, e outro é do mal.” Eu perguntei: “Senhor, como distinguirei as ações deles, se os dois anjos habitam comigo?” Ele me respondeu: “Ouve e compreende. O anjo da justiça é delicado, modesto, doce e suave. Quando entra em teu coração, imediatamente fala contigo sobre a justiça, a castidade, a santidade, a temperança, sobe todo ato e toda virtude nobre. Quando tudo isso entra em teu coração, saibas que o anjo da justiça está contigo, pois essas obras são próprias do anjo da justiça. Tem confiança nele e em suas obras. Vê agora as obras do anjo do mal. Em primeiro lugar, ele é colérico, amargo e insensato, e suas obras malignas os servos de Deus. Quando entra em teu coração, tu o conheces por suas obras.” Eu disse: “Senhor, não sei como poderei reconhecê-lo”. Ele continuou: “Escuta. Quando a cólera se apodera de ti, ou a amargura, saibas que ele está em ti. Da mesma forma, os desejos da atividade, dispersa os gastos loucos em numerosos festins, em bebidas inebriantes, em orgias sem fim, em requintes variados e supérfluos, paixões pelas mulheres, grande riqueza, orgulho exagerado, altivez e tudo o que se assemelha a isso, se essas coisas entram no teu coração, saibas que o anjo do mal está em ti. Reconhecendo suas obras, afasta-te dele e não creias nele, pois essas obras são más e inconvenientes para os servos de Deus. Aí tens as ações dos dois anjos. Compreende essas ações e depõe tua confiança no anjo da justiça. Afasta-te do anjo do mal, porque seu ensinamento é mau para qualquer obra. Se alguém é fiel e o pensamento desse anjo entra em seu coração, é inevitável que essa pessoa, homem ou mulher, cometa pecado. Por outro lado, se homem ou mulher são depravados e as obras do anjo da justiça entram em seu coração, é inevitável que essa pessoa faça o bem. Vê, portanto, que é bom seguir o anjo da justiça e renunciar ao anjo mau. Esse mandamento explica o que se refere à fé, para que acredites nas obras do anjo da justiça e, cumprindo-as, vivas em Deus. Acredita também que as obras do anjo do mal são funestas. Evitando-as, viverás em Deus.”

SÉTIMO MANDAMENTO

CAPÍTULO 37

Ele me disse: “Teme o Senhor e guarda seus mandamentos. Guardando os mandamentos de Deus, serás forte em tudo o que fizeres e tua ação será incomparável. Com efeito, temendo ao Senhor, farás tudo bem. Ele é o temor que precisas ter, e então serás salvo. Não temas o diabo. Temendo ao Senhor, triunfarás do diabo, pois ele não tem poder. Se alguém não tem poder, também não apresenta motivo para temor. Quem tem poder glorioso, também inspira temor. De fato, todo aquele que tem poder, inspira temor; aquele que não o tem, é desprezado por todos. Teme as obras do diabo, porque elas são más. Temendo ao Senhor, teme também as obras do diabo, e não as pratiques, mas afasta-te delas. Há duas espécies de temor. Se quiseres praticar o mal, teme ao Senhor e não o praticarás. Todavia, se quiseres praticar o bem, teme ao Senhor, e o praticarás. O temor do Senhor é forte, grande e glorioso. Teme, portanto, ao Senhor, e nele viverás. Os que o temem e observam seus mandamentos, viverão em Deus.” Eu perguntei: “Senhor, por que disseste: aqueles que observam seus mandamentos viverão em Deus?” Ele respondeu: “Porque tola a criação teme ao Senhor, mas não guarda seus mandamentos. Os que o temem e guardam seus mandamentos têm a sua vida junto de Deus. Aqueles, porém, que não guardam seus mandamentos não têm vida em si mesmos.”

OITAVO MANDAMENTO

CAPÍTULO 38

Ele continuou: “Já te disse que as criaturas de Deus são de dois tipos; a abstinência também é dupla, pois é preciso se abster de algumas coisas e de outras não.” Eu pedi: “Senhor, ensina-me de quais coisas preciso me abster e de quais não.” Ele respondeu: “Escuta. Abstém-te do mal e não o pratiques. Não te abstenhas do bem, mas pratica-o. Com efeito, se te abstiveres de praticar o bem, cometerás grande pecado; por outro lado, se te abstiveres de praticar o mal, praticarás um grande ato de justiça. Abstém-te, portanto, de todo mal e pratica o bem.” Eu perguntei: “Senhor, quais são os males de que nos devemos abster?” Ele me respondeu: “Escuta: adultério, fornicação, excesso na bebida, prazer depravado, comer em demasia, luxo da riqueza, ostentação, orgulho, altivez, mentira, maledicência, hipocrisia, rancor e todo tipo de blasfêmia. São essas as piores obras que existem na vida dos homens. O servo de Deus deve abster-se dessas obras, pois aquele que não se abstém delas, não pode viver em Deus. Escuta agora as obras que seguem a essas.” Eu perguntei: “Senhor, há ainda outras obras más?” Ele respondeu: “Muitas, das quais os servos de Deus devem se abster: o roubo, a mentira, a fraude, o falso testemunho, a avareza, os desejos maus, o engano, a vanglória, a arrogância e outros vícios semelhantes. Não te parece que tudo isso é mau?” Eu respondi: “E muito mau para os servos de Deus.” (Ele continuou): “É preciso que o servo de Deus se abstenha de tudo isso. Abstém-te, portanto, de tudo isso, para que vivas em Deus e sejas inscrito com os que se abstêm dessas coisas. São essas as coisas das quais te deves abster. As coisas das quais não te deves abster e sim praticar, são estas: não te abstenhas do bem, mas pratica-o.” Eu pedi: “Senhor, mostra-me o poder das boas ações, para que eu siga seu caminho e as sirva, a fim de que, praticando-as, possa salvar-me.”Ele respondeu: “Escuta as obras do bem, que deves praticar e não evitar. Em primeiro lugar, a fé, o temor do Senhor, a caridade, a concórdia, as palavras justas, a verdade, a perseverança. Não há nada de melhor na vida humana. Se alguém as observa e delas não se abstém, será feliz em sua vida. Escuta agora as obras que seguem a essas: assistir às viúvas, visitar os órfãos e necessitados, resgatar da escravidão os servos de Deus, ser hospitaleiro (pois na hospitalidade encontra-se por vezes a ocasião de fazer o bem), não criar obstáculos para ninguém, ser calmo, tornar-se inferior a todos, honrar os anciãos, praticar a justiça, conservar a fraternidade, suportar a violência, ser paciente, não nutrir rancor, consolar os aflitos na alma, não afastar da fé os escandalizados, mas convertê-los e dar-lhes coragem, corrigir os pecadores, não oprimir os devedores e necessitados, e outras ações semelhantes. Não te parece que essas sejam boas ações?” Eu respondi: “Que coisa é melhor do que isso, Senhor?” Ele continuou: “Anda, portanto, nesse caminho, não te abstenhas dessas coisas, e viverás em Deus. Observa este mandamento: se praticares o bem e não te abstiveres dele, viverás em Deus, e todos os que agirem assim, também viverão em Deus. E ainda, se não praticares o mal e te abstiveres dele, viverás em Deus; e todos aqueles que guardarem esses mandamentos e andarem em seus caminhos, também viverão em Deus.”

NONO MANDAMENTO

CAPÍTULO 39

Ele continuou: “Remove de ti a dúvida e por nada no mundo hesites em pedir alguma coisa a Deus, dizendo a ti mesmo: ‘Como poderia eu pedir alguma coisa ao Senhor e obtê-la, tendo cometido tão grandes pecados contra ele?’ Não penses assim. Ao contrário, converte-te ao Senhor, do fundo do coração, suplica-o confiante e conhecerás sua grande misericórdia, porque ele não te abandonará, mas atenderá a oração da tua alma. De fato, Deus não é como os homens rancorosos; ele não conhece o rancor e tem compaixão de sua criatura. Tu, portanto, purifica teu coração de todas as vaidades deste mundo e dos males dos quais já te falei. Suplica ao Senhor e obterás tudo; nenhuma de tuas orações será rejeitada, se suplicares ao Senhor com confiança. Contudo, se duvidares em teu coração, não alcançarás nenhum dos teus pedidos, pois os que duvidam de Deus são indecisos e não alcançam nada do que pedem. Em troca, os que são íntegros na fé, pedem tudo com plena confiança no Senhor, e são atendidos, porque pedem sem vacilar e sem incerteza. Com efeito, todo homem que duvida, se não fizer penitência, dificilmente se salvará. Portanto, purifica da dúvida o teu coração, reveste-te de fé, porque ela é forte e tem confiança que Deus atenderá todas as tuas orações. E se alguma vez pedires alguma coisa ao Senhor e ele tardar em concedê-la, não duvides porque não obtiveste logo o pedido da tua alma; certamente, tardas a receber o que pediste, por causa de alguma provação ou de algum pecado que ignoras. Não deixes, portanto, de pedir o que tua alma deseja, e o obterás. Contudo, se ao rezar caíres no desânimo e na dúvida, culpa-te a ti mesmo e não àquele que está disposto a te dar. Cuidado com a dúvida: ela é má, insensata e desenraiza da fé, não poucos, até pessoas muito fiéis e firmes, pois a dúvida é filha do diabo e faz muito mal aos servos de Deus. Despreza, portanto, a dúvida, e domina-a em tudo. Para isso, reveste-te de fé firme e poderosa. De fato, a fé tudo promete e tudo cumpre, mas a dúvida, que não tem confiança sequer em si mesma, malogra-se em toda obra que empreende. Vês, portanto, que a fé vem do alto, do Senhor, e tem grande força; a dúvida, porém, é apenas um espírito terrestre que vem do diabo e não tem força, nenhuma. Serve, portanto, à fé que tem força e afasta a dúvida que não tem força nenhuma. Então viverás em Deus, e todos os que pensam assim também viverão em Deus.

DÉCIMO MANDAMENTO

CAPÍTULO 40

Ele continuou: “Afasta de ti a tristeza, pois ela é irmã da dúvida e da cólera.” Eu perguntei: “Senhor, como é que ela é irmã delas? Parece-me que a cólera é uma coisa, a dúvida é outra, e a tristeza ainda outra coisa.” Ele me respondeu: “És homem insensato. Não compreendes que a tristeza é o pior de todos os espíritos e o mais terrível para os servos de Deus e que, mais do que todos os espíritos, ela arruína o homem e expulsa o Espírito Santo, e depois salva?” Eu disse: “Senhor, de fato sou insensato e não compreendo essas parábolas. Com efeito, não compreendo como a tristeza pode expulsar e depois salvar.” Ele continuou: “Escuta. Os que nunca pesquisaram a verdade, nem indagaram sobre a divindade, que se limitaram a crer, ficam presos em seus negócios, riquezas, amizades pagãs e outras numerosas ocupações deste mundo. Todos esses, que só vivem para isso, são incapazes de compreender as parábolas a respeito da divindade. Ficam obscurecidos por essas atividades, se corrompem e ficam áridos. As vinhas, antes belas, por falta de cuidados, secam por causa dos espinhos e ervas daninhas de todo tipo. Da mesma forma, os homens que abraçaram a fé e se perdem nas múltiplas atividades de que falei, extraviam-se do seu bom senso e nada mais compreendem sobre a justiça. Até mesmo quando ouvem falar sobre divindade e verdade, sua mente está em seus negócios, e nada compreendem. Todavia, os que temem a Deus, buscam a divindade e a verdade, e têm o coração voltado para o Senhor. Esses logo entendem e compreendem tudo o que se lhes diz. Eles têm em si o temor do Senhor. Com efeito, onde o Senhor habita, aí há total compreensão. Adere, portanto, ao Senhor, e compreenderás e entenderás tudo.”

CAPÍTULO 41

Ele continuou: “Escuta, portanto, insensato, como a tristeza expulsa o Espírito Santo e depois salva. Quando o vacilante empreende uma ação e não colhe êxito por causa de sua própria dúvida, a tristeza se insinua nele e entristece o Espírito Santo e o expulsa. Em seguida, a cólera se apodera da pessoa por causa de qualquer coisa, e o amargura muito. De novo, a tristeza entra no coração do homem que se irritou, o qual se entristece pelo que fez e se arrepende de ter feito o mal. Essa tristeza, portanto, parece trazer a salvação, porque, depois de ter feito o mal, a pessoa se arrepende. Essas duas atitudes entristecem o espírito: a dúvida, porque não colheu êxito no empreendimento; e a cólera, porque fez o mal. As duas entristecem o Espírito Santo. Afasta, portanto, a tristeza de ti, para não entristecer o Espírito Santo que habita em ti, a fim de que ele não suplique a Deus contra ti e de ti se afaste. Com efeito, o Espírito de Deus, que foi dado ao teu corpo, não suporta a tristeza nem a angústia.”

CAPÍTULO 42

“Reveste-te, portanto, da alegria, que agrada a Deus e ele a aceita: faze dela as tuas delicias. De fato, todo homem alegre realiza sempre o bem, pensa no bem e despreza a tristeza. O homem triste pratica sempre o mal. Em primeiro lugar, pratica o mal porque entristece o Espírito Santo, que foi dado alegre ao homem; em seguida, entristecendo o Espírito Santo, pratica a injustiça por não suplicar a Deus, nem louvá-lo. Com efeito, a oração do homem triste jamais tem a força de subir ao altar de Deus”. Eu perguntei: “Por que a súplica do homem triste não sobe ao altar?” Ele respondeu: “Porque a tristeza reside no seu coração. Unida à oração, a tristeza não permite que a oração suba pura ao altar. O vinho misturado com vinagre não tem o mesmo sabor. Igualmente acontece com a tristeza: misturada com o Espírito Santo, não conserva a própria oração. Purifica-te, portanto, dessa tristeza maligna, e viverás em Deus. E todos os que afastarem de si a tristeza e se revestirem de toda alegria, também viverão em Deus.”

DÉCIMO PRIMEIRO MANDAMENTO

CAPÍTULO 43

Ele me mostrou homens sentados num banco e outro homem sentado numa poltrona. E me disse: “Vês as pessoas sentadas no banco?” Eu respondi: “Sim, senhor.” Ele explicou: “Esses são fiéis, e o que está sentado na poltrona é falso profeta, que corrompe a inteligência dos servos de Deus, isto é, corrompe a inteligência dos que duvidam, e não dos fiéis. Aqueles que duvidam vão até ele como adivinho e lhe perguntam o que lhes acontecerá. Então esse falso profeta, sem ter em si nenhum poder do espírito divino, responde-lhes segundo o que perguntam e segundo seus maus desejos, satisfazendo-lhes a alma com o que desejam. Sendo vazio ele próprio, dá respostas vãs a homens vãos. Seja qual for a pergunta, ele responde conforme a vaidade do interrogador. Também diz coisas verdadeiras, pois o diabo o enche com o seu espírito, a fim de dobrar algum justo. Contudo, os fortes na fé do Senhor, revestidos de verdade, não aderem aos espíritos maus, mas se afastam deles. Por outro lado, os vacilantes e que mudam constantemente de opinião, consultam os adivinhos como os pagãos, e carregam-se de pecado maior que o dos idólatras. Com efeito, quem faz consulta a um falso profeta sobre alguma coisa, é idólatra, vazio da verdade e insensato. De fato, todo espírito dado por Deus não se deixa interrogar, mas, possuindo força da divindade, diz tudo espontaneamente, porque vem do alto, do poder do espírito divino. Ao invés, o espírito que se deixa interrogar e que fala conforme o desejo dos homens, é terreno e leviano, porque não tem nenhum poder. Se não é interrogado, não diz nada.” Eu lhe perguntei: “Senhor, como saber quem deles é verdadeiro e quem é falso profeta?” Ele respondeu: “Escuta o que estou para te dizer sobre ambos os profetas, e então discernirás o verdadeiro do falso profeta. Discerne pela vida o homem que tem o espírito divino. Em primeiro lugar, quem tem o espírito que vem do alto, é calmo, sereno e humilde. Ele se abstém de todo mal e de todo desejo vão deste mundo; ele se considera inferior a todos e, quando interrogado, nada responde a ninguém e não fala em particular. O Espírito Santo não fala quando o homem quer, mas só quando Deus quer que ele fale. Quando um homem, que tem o espírito de Deus, entra numa assembléia de homens justos, crentes no espírito divino, e nessa assembléia de homens justos se suplica a Deus, então o anjo do espírito profético que está junto dele, plenifica esse homem, e ele, pleno do Espírito Santo, fala à multidão conforme quer o Senhor. É desse modo que se manifesta o espírito da divindade. Tal é o poder do Senhor sobre o espírito da divindade. Escuta agora a respeito do espírito terreno e vão, que não tem poder e é insensato. Primeiro, tal homem, que julga possuir o espírito, exalta-se a si mesmo, quer ter o primeiro lugar, e logo se apresenta descaradamente, imprudente e loquaz. Vive em meio a muitas delícias e muitos outros prazeres, e aceita pagamento por sua profecia. Quando nada recebe, também não profetiza. Poderia um espírito divino receber pagamento para profetizar? Não é possível que o profeta de Deus aja desse modo; o espírito desses profetas é terreno. Além disso, ele não se aproxima da assembléia de homens justos para nada, mas foge deles. Ele se une aos vacilantes e vãos, e profetiza para eles à parte. Engana-os, falando-lhes coisas vazias, conforme o que desejam, pois responde para gente vazia. Um vaso vazio quando bate em outro vaso vazio não quebra, apenas ressoam mutuamente. Quando o falso profeta entra em assembléia repleta de homens justos, portadores do espírito da divindade, se eles começam a rezar, tal homem se esvazia e o espírito terrestre, tomado de medo, foge dele. Tal homem emudece, completamente desorientado e incapaz de falar. Se armazenas óleo e vinho num depósito e aí colocas uma vasilha vazia, quando quiseres desocupar o depósito, encontrarás vazia essa vasilha. Igualmente acontece com os profetas vazios, quando entram em meio aos espíritos dos justos: da mesma forma que entraram, assim são encontrados. Aí tens a vida dos dois tipos de profeta. Examina, portanto, o homem que se diz portador do espírito, a partir de seus atos e de sua vida. Quanto a ti, crê no espírito que vem de Deus e tem poder, mas não creias no espírito terrestre e vazio, porque nele não existe poder. Ele vem do diabo. Escuta a parábola que vou te contar. Pega uma pedra e atira para o céu. Vê se podes atingi-lo. Ou então pega um tubo de água e atira o jato para o céu. Vê se és capaz de furar o céu.” Eu perguntei: “Senhor, como se pode fazer isso? As duas coisas que disseste são impossíveis!” Ele respondeu: “Assim como essas coisas são impossíveis, também os espíritos terrestres são impotentes e fracos. Toma agora a força que vem do alto. O granizo é grão pequenino, mas quando cai sobre a cabeça de uma pessoa, que dano lhe causa! Ou então, pega a gota de água, que cai do telhado no chão e fura a pedra. Vês, portanto, que as melhores coisas que caem do alto sobre a terra têm grande força. Da mesma forma, o espírito divino que vem do alto é poderoso. Crê, portanto, nesse espírito e afasta-te do outro.”

DÉCIMO-SEGUNDO MANDAMENTO

CAPÍTULO 44

Ele continuou: “Arranca de ti todo mau desejo, e reveste-te do desejo bom e santo. Revestido desse desejo, odiarás o desejo mau e o domarás como quiseres. O desejo mau é selvagem e difícil de amansar. É terrível, e com sua selvageria consome os homens. Principalmente se o servo de Deus cair nesse desejo e não tiver discernimento, será consumido de modo terrível. Ele consome também os que não têm a veste do desejo bom e se deixam enredar por este mundo. O desejo entrega-os à morte”. Eu perguntei: “Senhor, quais são as obras do desejo mau, que entregam os homens à morte? Dá-me a conhecê-las, para que me afaste delas.” Ele respondeu: “Escuta com quais obras o desejo mau mata os servos de Deus.”

CAPÍTULO 45

Antes de tudo, o desejo de outra mulher ou homem, o luxo das riquezas, os banquetes numerosos e vãos, a embriaguez, e muitos outros prazeres insensatos. Com efeito, todo prazer é insensato e vazio para os servos de Deus. Tais desejos são maus, e matam os servos de Deus, porque o desejo mau é filho do diabo. E preciso, portanto, abster-se dos desejos maus para que, abstendo-vos, vivais em Deus. Todos os que são dominados por eles e não lhes resistem, acabarão morrendo, pois esses desejos são mortais. Reveste-te, portanto, do desejo da justiça e, armado do temor de Deus, resiste a eles. De fato, o temor de Deus habita no desejo bom. Se o desejo mau te vir armado do temor de Deus e resistindo, ele fugirá para longe de ti e não o verás mais, porque ele teme as tuas armas. Quanto a ti, vitorioso e coroado por sua derrota, apresenta-te diante do desejo da justiça e entrega-lhe a vitória que recebeste, e serve-o do modo que ele quiser. Se servires o desejo bom e te submeteres a ele, poderás dominar o desejo mau e comandá-lo, conforme quiseres.
CAPÍTULO 46

Eu disse: “Senhor, desejaria saber de que modo devo servir ao desejo bom.” Ele respondeu: “Escuta. Pratica a justiça e a virtude, a verdade e o temor do Senhor, a fé, a mansidão e todas as coisas boas semelhantes a essas. Praticando essas coisas, serás servo agradável de Deus e viverás nele. Todo aquele que servir ao desejo bom viverá em Deus.” Ele terminou os doze mandamentos e me disse: “Tens agora esses mandamentos. Anda em conformidade com eles e exorta os ouvintes, para que se exercitem na penitência purificadora pelo resto dos dias de sua vida. Cumpre com cuidado esse serviço que te confio. Desse modo, realizarás. Com efeito, encontrarás boa acolhida daqueles que se dispõem a fazer penitência; eles acreditarão em tuas palavras. Eu estarei contigo e os induzirei a crer em ti.” Eu lhe disse: “Senhor, esses mandamentos são grandes, sublimes e gloriosos, e podem alegrar o coração do homem que for capaz de observá-los. Todavia, Senhor, não sei se esses mandamentos podem ser guardados pelo homem, pois eles são muito duros”. Ele me respondeu: “Se te convenceres de que esses mandamentos podem ser guardados, tu os guardarás facilmente, e eles não serão duros. Contudo, se se insinuar no teu coração que não podem ser guardados pelo homem, não os guardarás. Agora, porém, eu te garanto: se não os guardares e os negligenciares, nem tu, nem teus filhos, nem tua família vos salvareis, pois decidindo que esses mandamentos não podem ser guardados pelo homem, tu te condenas a ti mesmo.”

CAPÍTULO 47

Ele me disse isso de modo tão indignado, que fiquei confuso e com muito medo. Sua aparência se alterou de tal modo que nenhum homem poderia suportar sua ira. Vendo-me completamente perturbado e confuso, começou a falar-me de modo mais brando e sereno, dizendo: “Tolo, insensato e vacilante! Não compreendes que a glória de Deus é grande, forte e admirável? Ele não criou o mundo para o homem e não lhe submeteu toda a sua criação, dando-lhe o poder de dominar todas as coisas que existem debaixo do céu? Portanto, se o homem é o senhor de todas as criaturas de Deus e domina sobre todas, será que ele não pode dominar também esses mandamentos? Somente o homem que leva o Senhor em seu coração é capaz de dominar todas as coisas e todos esses mandamentos. No entanto, para os que têm o Senhor somente nos lábios, e cujo coração está endurecido e estão distantes de Deus, esses preceitos são duros e inacessíveis. Esteja o Senhor em vosso coração, vós homens vazios e levianos na fé, e sabereis que não há nada mais fácil, suave e simples do que esses mandamentos. Convertei-vos, vós que seguis os mandamentos do diabo, mandamentos difíceis, amargos, brutais e licenciosos, e não temais o diabo, pois ele não tem poder nenhum sobre vós. Eu, o anjo da penitência, que triunfo sobre o diabo, estarei convosco. O diabo só pode amedrontar, mas esse medo não tem força alguma. Não o temais, portanto, e ele fugirá de vós.”

CAPÍTULO 48

Eu lhe disse: “Senhor, escuta ainda algumas palavras.” Ele respondeu: “Dize o que queres.” Eu continuei: “Senhor, o homem tem o desejo de guardar os mandamentos de Deus, e ninguém deixa de pedir ao Senhor que o reforce nos seus mandamentos e o submeta a eles. O diabo, porém, é duro, e domina os homens.” EIe me respondeu: “Ele não conseguirá dominar os servos de Deus, se estes, de todo coração, nele tiverem esperança. O diabo é capaz de combater, não porém de triunfar. Se lhe resistirdes, será derrotado e, envergonhado, fugirá de vós. Todavia, aqueles que são vazios temem o diabo como se ele tivesse poder. Quando um homem enche de bom vinho recipientes apropriados e entre estes deixa alguns semicheios, ao voltar para os recipientes ele não se preocupa com os que estão cheios, pois sabe que estão cheios; observa, sim, os que estão semicheios, temendo que tenham azedado, e o vinho perca o sabor. O mesmo acontece com o diabo: Ele vai e tenta todos os servos de Deus. Os que estão cheios de fé lhe resistem fortemente, e o diabo se afasta deles, pois não encontra por onde entrar. Então, ele vai até os que estão semicheios e, encontrando lugar, entra neles, faz o que quer, tornando-os seus escravos.”

CAPÍTULO 49

“Eu, o anjo da penitência, vos digo: não temais o diabo, pois fui enviado para estar com aqueles de vós que de todo o coração fazem penitência, para os fortificar na fé. Portanto, crede, em Deus, vós que, por causa dos vossos pecados, desesperastes da vida e acrescentais pecados a pecados, agravando assim profundamente a vossa própria vida. Se vos converterdes ao Senhor de todo o vosso coração e praticardes a justiça pelo resto dos dias de vossa vida; se o servirdes retamente, conforme a sua vontade, ele vos curará de vossos pecados passados e não vos faltará força para dominar as obras do diabo. Não temais de modo nenhum a ameaça do diabo, pois ele, como nervos de cadáver, não tem força nenhuma. Escutai, portanto, e temei aquele que pode salvar ou destruir tudo; observai seus mandamentos e vivereis em Deus.” Eu lhe pedi: “Senhor, agora estou fortificado em todos os mandamentos do Senhor, porque estás comigo. Sei que abaterás todo o poder do diabo e que nós o dominaremos, e venceremos todas as suas obras. Senhor, espero que, fortalecido pelo Senhor, eu possa guardar os preceitos que me deste.” Ele me respondeu: “Tu os guardarás, contanto que teu coração permaneça puro, voltado para o Senhor. Todos aqueles que os guardarem, purificando o coração dos desejos vazios deste mundo, viverão em Deus”.

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  1. Biografia de Hermas

    Um dos Padres Apostólicos, Hermas era um cristão 2d século, que foi vendido em Roma como um escravo. Ele foi libertado, casado, e tornou-se sucesso nos negócios, mas foi denunciado por seus filhos durante uma perseguição. Sua famosa obra, O Pastor, dividido em três partes (Visões, Mandatos, símiles), é uma série de revelações concedidas por uma mulher idosa (representando a igreja) e um pastor (um anjo) sobre o arrependimento do pecado, e os preceitos morais que levam a uma vida nova. Muitos cristãos primitivos consideravam parte da Escritura.
    Obras de Hermas
    • Notas introdutórias Pastor de Hermas (160 dC) (ou o Pastor de Hermas)
    • Pastor de Hermas – Primeiro Livro – Visões
    Primeira Visão
    Visão Segunda
    Terceira Visão
    Quarta Visão
    Visão Quinta
    • Pastor de Hermas – Livro Segundo – Mandamentos
    Primeiro Mandamento
    Segundo Mandamento
    Terceiro Mandamento
    Quarto Mandamento
    Quinto Mandamento
    Sexto Mandamento
    Sétimo Mandamento
    Oitavo Mandamento
    Nono Mandamento
    Décimo Mandamento
    décimo primeiro mandamento
    Reis Mandamento
    • Pastor de Hermas – Terceiro Livro – Similitudes
    Similitude Primeiro
    Similitude Segundo
    Similitude Terceiro
    Similitude quarta
    Similitude Quinta
    Similitude Sexto
    Sétimo Similitude
    Similitude Oitava
    Similitude Nona
    Décima Similitude
    Pastor de Hermas – Elucidações

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    • São Hipólito de Roma

      São Hipólito de Roma (170? -235?) Foi considerado o mais importante teólogo do século 3 da igreja romana. Hipólito desafiou a eleição papal de Calisto em 217 e se tornou o primeiro antipapa.
      Nascido antes de 170, provavelmente no Oriente de língua grega, Hipólito parece ter chegado a Roma durante o reinado de São Victor I, na última década do segundo século. Ele logo se tornou o líder intelectual da igreja romana, quando o eminente teólogo Orígenes visitou Roma, ele participou de um dos sermões de Hipólito. Hipólito tomou parte ativa na luta contra o monarquianismo modal, que negou a realidade de distinções entre as pessoas da Trindade. Um polemista feroz, ele denunciou tanto o Papa Zeferino e seu assessor, que se tornaria o Papa Calisto I, para tolerância na aplicação da disciplina eclesiástica, e ele os acusou de tendências modalista em sua cristologia. Zeferino e Calisto, por sua vez denunciou Hipólito para o latente diteísmo na teologia ele havia adotado a partir de São Justino Mártir.

      Após a eleição de Calisto como sucessor de Zeferino, Hipólito parece ter se colocou como antipapa. Ele tratou Calisto como líder equivocada facções e tentou realizar a sua própria visão da igreja como uma comunidade ideal de santos. Após a morte de Calisto, Hipólito perpetuou o cisma com ataques contra o Papa Urbano I e Ponciano Papa. Cerca de 235, durante o reinado do imperador Maximino, tanto Hipólito e Ponciano foram presos e enviados para as minas da Sardenha, onde morreram. O fato de que o Papa Fabian foi para o esforço de ter os corpos de dois homens retornaram a Roma sugere que uma reconciliação se acreditava ter ocorrido antes de sua deportação.

      Porque Hipólito escreveu em grego, a maior parte de seus trabalhos foi perdido e sua história se confundiu no Ocidente latino. São Dâmaso I, por exemplo, acreditava que Hipólito era um seguidor de Novaciano, e em escritos posteriores Hipólito é representado como um soldado convertido por São Lourenço. Tanto Eusébio de Cesaréia e Jerônimo fez referência a ele como um autor prolífico e um bispo, mas eles não foram capazes de identificar a sua sede episcopal. A mais famosa das obras atribuídas a Hipólito é a refutação de todas as heresias, embora muitos duvidam que este e outros escritos tradicionalmente associados com o nome de Hipólito pode ser considerado o trabalho do sacerdote romano e antipapa.

      Obras de Santo Hipólito

      Introdução – Hipólito (170-236 AD)
      Refutação de todas as heresias – Livro I – Hipólito
      Refutação de todas as heresias – Livro IV – Hipólito
      Refutação de todas as heresias – Livro V – Hipólito
      Refutação de todas as heresias – Livro VI – Hipólito
      Refutação de todas as heresias – Livro VII – Hipólito
      Refutação de todas as heresias – Livro VIII – Hipólito
      Refutação de todas as heresias – Livro IX – Hipólito
      Refutação de todas as heresias – Livro X – Hipólito
      Refutação de todas as heresias – Elucidações – Hipólito
      Fragmentos – Hipólito
      As obras existentes e Fragmentos de Hipólito.
      Parte I.-exegética. Fragmentos de comentários sobre vários livros da Escritura.
      Mais Fragmentos – Hipólito
      Parte II.-dogmático e histórico.
      Apêndice – Hipólito

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      • São Cipriano

        {Sip’-ree-uhn}
        Cipriano, bc200, d. 14 de setembro de 258, foi bispo de Cartago e um dos principais teólogos da igreja primitiva Africano. O filho de pais ricos, ele era um professor de retórica e literatura antes de se tornar (c.246) um cristão. Ele logo foi ordenado sacerdote e eleito (c.248) bispo de Cartago.

        Cipriano foi obrigado a fugir de Cartago durante as perseguições (249-51) do imperador Décio. Após seu retorno, ele virou-se para o problema dos cristãos que não tinham para se manter firme durante a perseguição. Cipriano favoreceu a readmissão de tais cristãos para a igreja, mas sob condições rigorosas. Opondo-se ao cisma de Novaciano, que acreditava que os cristãos anuladas devem ser permanentemente excluídas, ele argumentou que os batismos realizados pelos cismáticos eram inválidos. Sobre este assunto ele se opunha pelo Papa Stephen I. Na perseguição renovada do reinado de Valeriano, Cipriano foi decapitado, não muito longe de Cartago.

        Escrita Cipriano reflete a influência de Tertuliano, a quem ele mantinha em alta estima. Sua obra mais conhecida é De ecclesiae unitate (Sobre a Unidade da Igreja), na qual ressaltou o papel do bispo para decidir assuntos da igreja local, mas não deu a igreja romana uma posição de preeminência. Festa dia: 16 de setembro (ocidental); 31 ago (Leste).

        Obras de São Cipriano

        Introdução – Cipriano (200-258 dC),
        A Vida e Paixão de Cipriano, bispo e mártir
        Epístolas de São Cipriano – I – XXX
        Epístolas de São Cipriano – XXXI – LX
        Epístolas de São Cipriano – LXI – LXXXII
        Tratados I – VII – Cipriano
        Tratado I. Na Unidade da Igreja.
        Tratado II. No vestido das Virgens.
        Tratado III. No caducadas.
        Treatise IV. Na oração do Senhor.
        Tratado V. Um Endereço para Demetrianus.
        VI Tratado. Na Vanity de Ídolos
        Tratado VII. Sobre a mortalidade.
        Tratados VIII – XII-Livro 2 – Cipriano
        Tratado VIII. De Obras e esmolas.
        Tratado IX. Na vantagem da Paciência.
        Tratado X. No ciúme e inveja.
        Tratado XI. Exortação ao martírio, dirigida a Fortunato.
        Tratado XII. Três livros de testemunhos contra os judeus.
        Tratado XII-Livro 3 – Cipriano
        Sétimo Concílio de Cartago Sob Cipriano
        Questionáveis ​​tratados Cipriano
        nos programas públicos.
        sobre a glória do martírio.
        da disciplina e Advantage da castidade.
        exortação ao arrependimento.

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  2. HELEM VEJA AQUI UM POUQUINHO DE PATRÍSTICA

    OLHA AMIGA VOCÊ NÃO SABE COMO ME DIVIRTO QUANDO VEJO UM PROTESTANTE LEIGO OU UM HISTORIADOR PROTESTANTE DE FUNDO DE QUINTAL

    AFIRMANDO QUE A IGREJA CATÓLICA FOI FUNDADA POR CONSTANTINO KKKKK
    RESUMINDO HELEN SÓ AS PROVAS DO ANO 33 DA ERA CRISTÃ ATÉ O ANO 269 ANTES DE CONSTANTINO TER NASCIDO SE VOCÊ JUNTAR TODAS AS OBRAS DOS PADRES DA IGREJA DOS PADRES APOSTÓLICOS E DOS CRONISTAS E DE TODOS OS ESCRITORES ECLESIÁSTICOS DARIA PARA FAZER UMA IMENSA BIBLIOTECA

    HELEN EU JUNTEI AQUI ALGUNS DESSES ESCRITORES CATÓLICOS AMIGA DESFRUTEM DE INFORMAÇÕES E PROCUREM POR OBRAS DESSES GRANDES HOMENS

    VEJA UMA PEQUENA LISTA DE ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS
    1. Quadratus foi um dos primeiros dos apologistas cristãos. Ele disse ter apresentado seu pedido de desculpas a Adriano, enquanto o imperador estava em Atenas assistir à celebração dos mistérios de Elêusis.
    2. Aristo de Pella, um judeu, foi o autor de uma obra chamada A Disputa de Jason e Papiscus. Nada mais se sabe dele. Ele floresceu na primeira metade do século II.

    3. Melito foi bispo de Sardes, e floresceu no reinado de Marco Aurélio. Ele escreveu muitas obras, mas todos eles morreram, exceto alguns fragmentos. A autenticidade dos fragmentos siríaco é uma questão em aberto.

    4. Hegésipo também floresceu no tempo de Antonino Pio e Marco Aurélio. Ele é o primeiro historiador eclesiástico, mas seu livro foi bastante notas para uma história eclesiástica, do que uma história.

    5. Dionísio foi bispo de Corinto, no reinado de Marco Aurélio. Ele escreveu cartas para várias igrejas.

    6. Rhodon passou da Ásia para a Roma, e tornou-se um discípulo de Taciano. Decorrido o prazo de seu mestre em heresia ele permaneceu fiel à fé, e escreveu contra os hereges.

    7. Maximus floresceram na mesma época como Rhodon, sob os imperadores Commodus e Severo.

    8. Cláudio Apolinário foi bispo de Hierápolis, e apresentou uma defesa dos cristãos para Marco Aurélio. Ele escreveu muitas obras importantes, de que temos apenas alguns fragmentos.

    9. Polícrates foi bispo de Éfeso. Ele tomou parte na controvérsia sobre a questão da Páscoa. Ele morreu por volta de 200 dC

    10. Teófilo foi bispo de Cesaréia. Ele foi contemporâneo de Polícrates, e, como ele, envolvido na controvérsia da Páscoa.

    11. Serapião foi ordenado bispo de Antioquia dC 190, mas quase nenhum outro fato de sua vida é conhecida. Ele escreveu várias obras.

    12. Apolônio escreveu uma obra contra os montanistas, provavelmente no ano de 210. Isso é tudo o que se sabe sobre ele.

    13. Pantænus, provavelmente um siciliano de nascimento, passou de estoicismo ao cristianismo, e foi para a Judéia para proclamar a verdade. Ele voltou para Alexandria, e tornou-se presidente da escola catequética lá, em que posto permaneceu até sua morte, que ocorreu por volta do ano 212 ad

    14. A Carta das Igrejas de Vienne e Lyons foi escrito logo após a perseguição na Gália, que teve lugar em anúncio 177.
    [DC 126]. Quadratus [3531] é falado por Eusébio como “um homem de compreensão e de fé apostólica.” E ele comemora Aristides, como um homem de caráter semelhante. Estes foram os primeiros apologistas, ambos abordados seus escritos a Adriano, e eles estavam existente e valorizado nas igrejas na época de Eusébio.
    Desde o pedido de desculpas para a religião cristã. [3532]

    Nossos Salvador obras, além disso, estavam sempre presentes, porque eram de verdade, constituído por aqueles que tinham sido curadas de suas doenças, aqueles que tinham sido ressuscitado dos mortos; que não só foram vistos enquanto eles estavam sendo curados e levantou-se, mas foram depois constantemente presente. Nem eles permanecem apenas durante a permanência do Salvador na Terra, mas também um tempo considerável após sua partida, e, de fato, alguns deles sobreviveram até mesmo para os nossos tempos. [3533]

    Notas de Rodapé

    [3530] Mas ver Lightfoot, A. F., parte ii. vol. i. p. 524. [3531] Em Quadrato e Aristides, consulte Routh, RS, p. 71; também Westcott, On the Canon, p. 92. [3532] No Eusébio, Hist. Eccl., Iv. 3. [3533] [Westcott supõe a Diogneto de Mathetes (vol. ip 23) pode ser o trabalho de Quadratus; Canon, p. 96.]
    .

    Aristo de Pella

    [DC 140]. Aristo de Pella [3534] é suposto ter sido um judeu, cujo trabalho foi concebido para ajudar o judaísmo não de seu país. Embora seu trabalho é perdido, tanto o original ea tradução para o latim de um “Celso”, parece ter sido um trato popular entre os cristãos do tempo de Cipriano, eo prefácio Latina é frequentemente sufixo às edições de que o Padre.
    O trabalho de Aristo é conhecida como a Disputa de Papiscus e Jason, e Celso nos diz que Jason era um cristão hebraico, enquanto o seu adversário era um judeu de Alexandria. Agora, Papiscus possui-se convencido pelos argumentos de Jason, e conclui por um pedido para ser batizado. Celso, que parece ter sido um pagão ou um epicurista, ridiculariza o trabalho com comiseração desdenhosa, mas Orígenes repreende isso, e afirma o seu respeito pelo trabalho. Tudo isso considerado, é preciso pensar Aristo foi “quase persuadido a ser um cristão”, e merece um lugar entre os escritores cristãos.

    Do Disputa de Jason e Papiscus.

    “Eu me lembro”, diz Jerome (Com. Gal anúncio, cap iii comm 13….), “Na disputa entre Jason e Papiscus, que é composta em grego, de o ter encontrado escrito: ‘A maldição de Deus é aquele que é pendurado “.

    A partir da mesma obra.

    Jerônimo da mesma forma, em suas perguntas hebraico em Gênesis, diz:. “No princípio Deus criou o céu ea terra A maioria acredita, como se afirma também na disputa entre Jason e Papiscus e, como Tertuliano, em seu livro Contra Práxeas afirma e, como Hilário também, em sua exposição de um dos Salmos, declara, que no hebraico é: `No Filho, Deus fez o céu ea terra”. Mas que isso é falso, a natureza do caso em si prova. ”

    Talvez do mesmo trabalho.

    … E quando o próprio homem [3535], que tinha iniciado eles [3536] para essa loucura pagou a penalidade (diz Eusébio, Hist., Iv. 6), “toda a nação de que o tempo era estritamente proibido para definir pé na região de Jerusalém, pelo decreto formal e promulgação de Adrian, que ordenou que nem mesmo a distância de um olhar sobre a sua terra natal! ” Assim escreve Aristo de Pella.

    A partir da mesma obra.

    Eu encontrei esta expressão sete céus (diz Maximus, em Scholia no trabalho sobre a Teologia Mística, atribuído a Dionísio, o Areopagita, cap. I.), Também na disputa entre Papiscus e Jason, escrito por Aristo de Pella, que Clemente de Alexandria, no sexto livro dos contornos, [3537] diz que foi composto por São Lucas.

    Em relação ao mesmo trabalho.

    Assim escreve Orígenes: [3538] … em que um livro cristão é representado discutindo com um judeu a partir das Escrituras judaicas, e mostrando que as profecias sobre o Cristo se aplicam a Jesus: embora seu adversário dirige-se ao argumento sem capacidade comum , [3539] e de uma forma não unbefitting seu caráter judaico.

    Notas de Rodapé

    [3534] Routh, R. S., vol. i. p. 93. Westcott, Canon, p. 106. Menção Grabe. Discussão Routh, em anotações, é mais culto e exaustiva. [3535] Barchochebas. [3536] Os judeus. [3537];; Upotuposos. [3538] Contra Celsum, iv. 52. [3539] Ouk agennos.
    .

    Melito, o Filósofo.

    [DC 160-170-177.] Melito [3540] pode ter sido o sucessor imediato do “anjo” (ou “apóstolo”) da igreja de Sardes, a quem nosso Grande Sumo Sacerdote dirigiu uma das mensagens apocalípticas. Ele era um “padre apostólico” de fato, ele muito provavelmente sabia que o bem-aventurado Policarpo e Ireneu de Lyon seu discípulo. Ele é justamente reverenciado para a diligência com que ele procurou as provas que, em sua época, estabeleceu a Canon do Antigo Testamento, então apenas completa.
    Nos fragmentos seguintes vamos encontrá-lo chamado de bispo de Sardes, bispo de Ática, e Bispo de ITTICA. Ele também é-nos apresentado como “o filósofo”, e vamos encontrá-lo denominado “eunuco” por Polycrates. Supõe-se que ele havia se tornado um coelebs “para o reino dos céus”, sem intenção de confundir nosso Senhor, como fez Orígenes. Ele não era um monge, mas aceitou uma propriedade única de ser o mais livre e único olho no serviço do Mestre. Desde a erudição enciclopédica de Lightfoot que recolher alguns pormenores, como segue: –

    1. Adotei sua data, como Lightfoot dá, – isto é, o período de seus escritos, – sob os Antoninos. A improbabilidade de 70 anos no episcopado é motivo suficiente para rejeitar a idéia de que ele próprio era o “anjo da igreja de Sardes,” a quem o Senhor enviou a repreensão terrível.

    2. Seu silêncio sobre perseguições sob Vespasiano, Tróia, e Pio Antonino não pode ser invocada para isentá-los a partir desta mancha, contra a evidência positiva para o contrário.

    3. Uma coincidência com Inácio aos Efésios [3541] será observado a seguir.

    4. Melito, com Cláudio Apolinário e até mesmo Polycrates, pode ter sido pessoalmente com Inácio, [3542], é claro, um com o outro. Estes viveu não muito longe de Esmirna, Ásia Menor foi, no primeiro século, o foco da atividade cristã.

    5. Sabemos de sua visita ao Oriente a partir de sua própria conta, preservada por Eusébio. Os cristãos da Ásia proconsular estavam acostumados a tais viagens. Mesmo Clemente de Alexandria pode ter encontrado ele, como ele parece ter encontrado Taciano e Teódoto. [3543]

    6. Vouches Melito para o rescrito de Adriano, [3544], mas sua referência suposto o edital de Antonino não suportar escrutínio como mandado para a sua autenticidade. [3545]

    7. A Apologia de nosso autor foi dirigida a Aurélio em seu meio de carreira como um soberano, sobre anúncio 170. Justin, Melito, Atenágoras, Teófilo e todos contam a mesma história triste de crueldade imperial. Mesmo quando Justin escreveu a Antonino, Marcus era supremo nos conselhos do imperador ancião. [3546]

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  3. Escritos de Taumaturgo
    Gregório Taumaturgo

    {Degelo-muh tur’-guhs}
    Gregory, c.213-c.270, foi um dos Padres gregos da Igreja. Após os primeiros estudos em direito e retórica, ele foi (c.233) para Cesaréia, na Palestina, onde ele caiu sob a influência de Orígenes e se convertido ao cristianismo. Em seu retorno à sua cidade natal de Neocaesarea cinco anos depois, ele foi consagrado bispo. As muitas lendas que foram contadas sobre ele ganhou o nome de Taumaturgo (grego para “operador de milagres”). Seus escritos incluem o panegírico de Orígenes, o que dá uma imagem atraente do professor Gregory, ea Exposição da Fé, que foi dirigido contra os ensinamentos do Sabelianismo sobre a Trindade. Sua biografia foi escrita por São Gregório de Nissa.

    Obras de Gregório Taumaturgo

    Nota introdutória para Gregório Taumaturgo (205-265)
    Parte I.-Reconhecido Escritos.
    Uma declaração de fé.
    A metáfrase do Livro de Eclesiastes.
    Epístola canônica.
    A Oração e Panegírico Dirigida a Orígenes.
    Parte II.-duvidosa ou escritos falsos.
    A Confissão de Fé de corte.
    Sobre a Trindade.
    Doze Tópicos sobre a fé.
    Sobre o tema da Alma.
    Quatro homilias.
    A Primeira Homilia sobre a Anunciação à Virgem Maria.
    Homilia Segundo
    Homilia Terceiro
    Homilia quarta
    Em Todos os Santos.
    No Evangelho segundo Mateus.
    .

    .
    ________________________________________
    Parte II. Escritos duvidosa ou espúrias
    .
    A Confissão de Fé de corte. [254]
    I.
    Mais hostil e estranha para a Confissão Apostólica são aqueles que falam do Filho como assumiu a Ele pelo Pai a partir do nada, e de uma origem emanational; [255] e aqueles que possuem os mesmos sentimentos com relação ao Espírito Santo, aqueles que dizem que o Filho divino é constituído por dom e graça, e que o Espírito Santo é feito santo, aqueles que consideram o nome do Filho como um comum aos funcionários, e, assim, afirmar que Ele é o primogênito da criatura, como se tornar, como a criatura, fora existente da não-existência, e como está sendo feita pela primeira vez, e que se recusam a admitir que Ele é o Filho unigênito, – o único que o Pai tem, e que Ele deu a si mesmo a ser contada no número de mortais, e é assim contado primeiro-nascido; aqueles que circunscrevem a geração do Filho pelo Pai, com um intervalo de medida após a moda do homem, e se recusam a reconhecer que o Aeon do Gerador e que do Unigênito têm começo, aqueles que introduzir três sistemas separados e diversificada de adoração divina, [256] enquanto há apenas uma forma de serviço legítimo que recebemos a partir do antigo lei e os profetas, e que foi confirmado por o Senhor e pregado pelos apóstolos. Nem menos alienado da verdadeira confissão são aqueles que não seguem a doutrina da Trindade de acordo com a verdade, como uma relação composta de três pessoas, mas impiedosamente concebê-lo como implicando uma tripla estar em uma unidade (Mônada), formado na forma de síntese [257] e pensar que o Filho é a sabedoria em Deus, da mesma maneira como subsiste a sabedoria humana no homem através do qual o homem é sábio, e representam a Palavra como sendo simplesmente como a palavra que proferir ou conceber, sem qualquer qualquer hipóstase.
    II.
    Mas a confissão da Igreja, eo Credo que traz a salvação para o mundo, é o que trata da encarnação do Verbo, e tem que Ele deu a si mesmo sobre a carne do homem, que Ele adquiriu de Maria, embora ainda conserva sua própria identidade, e não sofreu qualquer transposição divina ou mutação, mas foi trazido junto com a carne à semelhança do homem, de modo que a carne foi feita uma com a divindade, a divindade tendo assumido a capacidade de receber a carne no cumprimento da mistério. E após a dissolução da morte lá permaneceu até o carne santa uma impassibilidade perpétua e uma imortalidade imutável, glória original do homem sendo levado para-a novamente pelo poder da divindade, e sendo ministrado em seguida, a todos os homens pela apropriação de fé. [258]
    III.
    Se, então, há alguém aqui, também, que falsificar a santa fé, seja atribuindo à divindade como o seu próprio o que pertence à humanidade – progressões, [259] e paixões, e uma glória que vem com a adesão [260] – ou pela separação da divindade do corpo progressiva e passível, como se subsistiu de se destacar, – essas pessoas também estão fora da confissão da Igreja e da salvação. Ninguém, portanto, pode conhecer a Deus, a menos que ele apreende o Filho, pois o Filho é a sabedoria por cuja instrumentalidade todas as coisas foram criadas, e esses objetos criados declarar esta sabedoria, e Deus é reconhecido na sabedoria. Mas a sabedoria de Deus não é nada parecido com a sabedoria que o homem possui, mas é a perfeita sabedoria que procede do Deus perfeito, e permanece para sempre, não como o pensamento do homem, que passa dele na palavra que é falada e (logo) deixa de ser. Portanto, não é apenas sabedoria, mas também Deus, nem é somente uma palavra, mas também Filho. E se, então, um discerne Deus através da criação, ou seja ensinada a conhecê-Lo pela Sagrada Escritura, é impossível, quer para prendê-lo ou para aprender d’Ele para além de sua sabedoria. E aquele que clama a Deus justamente, convida-Lo por meio do Filho, e aquele que se aproxima dele em uma verdadeira comunhão, vem a Ele através de Cristo. Além disso, o próprio Filho não pode ser abordado sem o Espírito. Para o Espírito é tanto a vida ea formação santa de todas as coisas; [261] e Deus enviando o Espírito, através do Filho faz a criatura [262] como Ele mesmo.
    IV.
    Um, portanto, é Deus Pai, uma Palavra, um Espírito, a vida, a santificação de todos. E nem há outro Deus como Pai, [263] nem há outro Filho como Palavra de Deus, nem há outro Espírito, como aceleração e santificante. Além disso, embora os santos são chamados os deuses, e filhos, e espíritos, eles não são nem cheios do Espírito, nem são feitos como o Filho e Deus. E se, então, qualquer um faz essa afirmação, de que o Filho é Deus, simplesmente como sendo ele mesmo cheio de divindade, e não como sendo gerado da divindade, ele desmentiu a Palavra, ele desmentiu a Sabedoria, ele perdeu o conhecimento de Deus, ele caiu fora no culto da criatura, ele assumiu a impiedade dos gregos, para que ele voltou, e ele tornou-se um seguidor da incredulidade dos judeus, que, supondo que a Palavra de Deus para ser humano, mas um filho, se recusaram a aceitá-Lo como Deus, e se recusaram a reconhecê-Lo como o Filho de Deus. Mas é errado pensar na Palavra de Deus como meramente humana, e de pensar das obras que são feitas por Ele como permanente, enquanto Ele não obedece a si mesmo. E se alguém diz que o Cristo faz todas as coisas apenas como ordenado pela Palavra, ele vai fazer tanto a Palavra de Deus ocioso, [264] e mudar a ordem do Senhor em servidão. Para o escravo é uma completamente sob o comando, eo criado não é competente para criar, por supor que o que é criado pode-se de igual modo criar outras coisas, implicaria que ele deixou de ser como a criatura. [265]
    V.
    Mais uma vez, quando se fala do Espírito Santo como um objeto feito santo, [266] que ele não será mais capaz de apreender todas as coisas como sendo santificado em (a) Espírito. Para aquele que santificou um, santifica todas as coisas. Que o homem, conseqüentemente, desmente a fonte da santificação, o Espírito Santo, que Ele desnuda o poder de santificar, e ele vai, assim, ser impedida de numeração Ele com o Pai eo Filho, ele faz nada, também, do santo ( ordenança) batismo, e não vai mais ser capaz de reconhecer os santos e agosto Trindade. [267] Para tanto, devemos apreender a Trindade perfeita [268] em sua glória natural e genuíno, ou poderemos estar sob a necessidade de falar mais de uma Trindade, mas apenas de uma Unidade; [269], ou então não, numeração [270] criou objetos com o Criador, nem as criaturas com o Senhor de tudo, nós também não mastro número que é santificado com o que santifica, mesmo que nenhum objeto que é feito pode ser numeradas com a Trindade, mas em nome da Santo batismo Trindade e invocação e adoração são administrados. Porque, se há três glórias vários, também deve haver três várias formas de culto com aqueles que impiedosamente adorar a criatura, pois se há uma distinção na natureza do adorou objetos, deve haver também com esses homens uma distinção em a natureza do culto oferecido. O que é recente [271] certamente não é para ser adorado com o que é eterno, porque o recente compreende tudo o que teve um começo, enquanto poderoso e imensurável é mentira que é antes das idades. Ele, portanto, que supõe um começo de vezes na vida do Filho e do Espírito Santo, com isso também corta qualquer possibilidade de numeração do Filho e do Espírito com o Pai. Porque, assim como reconhecemos a glória a ser um, assim devemos também reconhecer a substância na Divindade a ser um, e um também a eternidade da Trindade.
    VI.
    Além disso, o clemente capital da nossa salvação é a encarnação do Verbo. Acreditamos, portanto, que era, sem qualquer alteração na Divindade que a encarnação do Verbo ocorreu tendo em vista a renovação da humanidade. Para não ocorreu nem mutação nem transposição, nem qualquer circunscrição em vontade, [272] no que diz respeito a energia santa [273] de Deus, mas ao mesmo tempo que permaneceu em si mesmo, ele também realizou a obra da Encarnação, com vista a a salvação do mundo, e da Palavra de Deus, vivendo [274] na terra depois da moda do homem, mantido o mesmo em toda a presença do divino, cumprindo todas as coisas, e sendo unidos [275] adequadamente e individualmente com carne, e enquanto as sensibilidades apropriada para a carne estava lá, a energia divina manteve a impassibilidade adequado para si. Ímpio, portanto, é o homem que introduz o passibility [276] para a energia. Para o Senhor da glória apareceu em forma de homem, quando Ele se comprometeu a economia [277] sobre a terra, e Ele cumpriu a lei para os homens por seus atos, e por Seus sofrimentos que Ele acabou com os sofrimentos do homem, e por Sua morte Ele aboliu a morte, e pela sua ressurreição Ele trouxe vida a luz, e agora vamos procurar a sua vinda do céu em glória para a vida eo julgamento de todos, quando a ressurreição dos mortos terá lugar, a fim de que recompensa podem ser feitas a todos de acordo com o seu deserto.
    VII.
    Mas alguns tratam a Santíssima Trindade [278] de uma maneira horrível, quando confiantemente afirmar que não há três pessoas, e introduzir (a idéia de) uma pessoa desprovida de subsistência. [279] Por isso nos justificaremos de Sabélio, que diz que o Pai eo Filho são o mesmo. Para ele sustenta que o Pai é Ele quem fala, e que o Filho é a Palavra que habita no Pai, e se manifesta no momento da criação, [280] e, posteriormente, reverte a Deus no cumprimento de todas as coisas. A mesma afirmação que ele faz também do Espírito. Nós renegar isso, porque acreditamos que três pessoas – ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo – são declarados de possuir uma divindade: para a única divindade, mostrando-se diante de acordo com a natureza da Trindade [281] estabelece a unicidade da natureza, e, portanto, há um (divindade que é a) propriedade do Pai, de acordo com a palavra: “Não há um só Deus, o Pai,” [282] e há uma divindade hereditária [283] no Filho, como está escrito: “O Verbo era Deus” [284] e há uma divindade presentes de acordo com a natureza em espírito a saber, o que subsiste como o Espírito de Deus – de acordo com a declaração de Paulo: “Vós sois o templo de Deus, o Espírito de Deus habita em vós. ” [285]
    VIII.
    Agora, a pessoa em cada declara a ser independente e de subsistência. [286] Mas a divindade é a propriedade do Pai, e sempre que a divindade de três é falado como um, o testemunho é confirmado que a propriedade [287] do Pai pertence também ao Filho e ao Espírito: portanto, se o divindade pode ser falado como uma em três pessoas, a trindade é estabelecido, ea unidade não for dissevered; ea unidade que é, naturalmente, o Pai também é reconhecido como o do Filho e do espírito. Se alguém, no entanto, fala de uma pessoa como ele pode falar de uma divindade, não pode ser que os dois em um, são como um só. [288] Para Paulo aborda o Pai, como uma em relação a divindade, e fala do Filho como um em relação de senhorio: “Há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas, e nós para ele, e um só Senhor Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. ” [289] Portanto, se há um só Deus, e um só Senhor, e ao mesmo tempo uma pessoa como uma divindade em um senhorio, [290] como pode ser dado crédito a esta distinção (em) os termos “de quem” e ” por quem, “como já foi dito antes? Falamos, portanto, não é como se nós separamos o senhorio da divindade, nem como o afasta um do outro, mas como unificá-los no caminho garantido pela realidade e verdade, e nós chamamos de Deus Filho com a propriedade do Pai, [291] como sendo sua imagem e descendentes, e chamamos o Senhor Pai, abordando-o pelo nome do Senhor Um, como sendo sua origem e Begettor.
    IX.
    A mesma posição que temos respeito do Espírito, que tem essa unidade com o Filho que o Filho tem com o pai. Pelo que, a hipóstase do Pai ser discriminado pela denominação de Deus, mas não deixe que o Filho ser cortado a partir desta denominação, pois Ele é de Deus. Mais uma vez, deixe que a pessoa do Filho também ser discriminados pelo nome do Senhor, só não deixe Deus ser dissociada do que, para Ele é o Senhor como sendo o Pai do Senhor. E, como é próprio do Filho para exercer senhorio, pois Ele é que fez (todas as coisas) por si mesmo, e agora governa as coisas que foram feitas, enquanto, ao mesmo tempo, o Pai tem uma posse antes de que a propriedade, na medida como Ele é o Pai d’Aquele que é o Senhor; então vamos falar da Trindade como um Deus, e ainda não como se fez a um por uma síntese de três: para a subsistência, que é constituído por síntese é algo completamente partitivo e imperfeito . [292] Mas, assim como o Pai designação é a expressão de originalidade e de geração, de modo que o Filho designação é a expressão da imagem e filhos do Pai. Assim, se alguém perguntar como há um só Deus, se há também um Deus de Deus, nós responder que isso é um bom termo para a idéia de causalidade original, [293] desde que o Pai é o único Causa Primeira. [294] E se alguém também para colocar a questão, como não há um só Senhor, se o Pai também é o Senhor, podemos responder que mais uma vez ao dizer que Ele é assim na medida em que Ele é o Pai do Senhor; e essa dificuldade deve conhecer-nos mais.
    X.
    E, novamente, se a palavra ímpia, Como não há três Deuses e três pessoas, na suposição de que eles têm uma e mesma divindade – vamos responder: Só porque Deus é a Causa e Pai do Filho, e? esse Filho é a imagem e filhos do Pai, e não seu irmão, e do Espírito em forma como é o Espírito de Deus, como está escrito: “Deus é um Espírito.” [295] E, em tempos anteriores, temos esta declaração do profeta Davi: “Pela palavra do Senhor, os céus foram confirmados, e todo o poder deles pelo sopro (espírito) de Sua boca.” [296] E, no início do livro da criação [297], está escrito assim: “E o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. [298] E Paulo em sua Epístola aos Romanos diz: “Mas vós não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.” [299] E novamente ele diz: “Mas, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, Ele que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em você.” [300] E ainda: “Como todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus Porque não recebestes o espírito de escravidão novamente para temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos. : Aba, Pai “. [301] E novamente: “. Digo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência dando-me testemunho no Espírito Santo” [302] E novamente: “. Ora, o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança, pelo poder do Espírito Santo”[303]
    XI.
    E, novamente, escrevendo aos Romanos mesmo, ele diz: “Mas eu já escrevi mais ousadamente vos em algum tipo, como colocar você em mente, por causa da graça que me é dado de Deus, para que eu seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus, que a oferta dos gentios seja aceitável, santificada pelo Espírito Santo. Tenho, portanto, do qual eu, glória em Jesus Cristo nas coisas que pertencem a Deus. Para Atrevo-me a não falar de qualquer uma dessas coisas que Cristo não forjado por mim, [304] para fazer obedientes os gentios, por palavras e obras, através de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo “. [305] E novamente: “Rogo-vos, irmãos, pelo amor de nosso Senhor Jesus Cristo, e pelo amor do Espírito.” [306] E essas coisas, na verdade, são escritos na Epístola aos Romanos. [307]
    XII.
    Mais uma vez, na Epístola aos Coríntios, ele diz: “Para a minha palavra ea minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. ” [308] E novamente ele diz:. “Como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam Mas Deus no-las revelou nós pelo Seu Espírito:. porque o Espírito penetra todas as coisas, sim, as coisas profundas de Deus para que o homem sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está Mesmo assim as coisas de Deus ninguém as conhece,? mas o Espírito de Deus. ” [309] E novamente ele diz: “Mas o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus.” [310]
    XIII.
    Vês que toda a Escritura do Espírito é pregado, e ainda longe nomeado uma criatura? E o que pode o ímpio tem que dizer se o Senhor envia os seus discípulos para batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo? [311] Sem contradição, o que implica uma comunhão e unidade entre eles, segundo a qual não há nem três divindades nem (três) senhorios, mas, enquanto lá permanecer verdadeiramente e, certamente, as três pessoas, a unidade real de os três devem ser reconhecidas . E dessa forma o devido crédito será dado ao envio e. Sendo enviado [312] (na Divindade), segundo a qual o Pai enviou o Filho eo Filho da mesma maneira envia o Espírito Para uma das pessoas certamente não poderia (ser dito) enviar próprio, e não se poderia falar do Pai como encarnado. Para os artigos da nossa fé não concordo com os princípios viciosos das heresias, e é certo que nossas concepções devem seguir as doutrinas inspiradas e apostólica, e não que a nossa impotente fantasias devem coagir os artigos da nossa fé divina.
    XIV.
    Mas se eles dizem: Como pode haver três pessoas, e como, mas uma divindade – faremos esta resposta:? Que de fato existem três pessoas, na medida em que há uma pessoa de Deus, o Pai, e um do Senhor a Filho e um do Espírito Santo, e ainda que não há senão uma divindade, na medida em que o Filho é a imagem de Deus, o Pai, que é Um, – isto é, Ele é Deus de Deus, e assim todos os Espírito é chamado o Espírito de Deus, e que, também, da natureza de acordo com a própria substância, [313] e não de acordo com a participação simples de Deus. E há uma substância [314], na Trindade, que não subsiste também no caso de objetos que são feitas, porque não há uma substância em Deus e nas coisas que são feitas, porque nenhum deles está na substância de Deus . Nem, na verdade, é o único Senhor de acordo com estes substância, mas não é o único Senhor do Filho e um Espírito Santo, e falamos também de uma Divindade, e um senhorio e um Santidade na Trindade, pois o Pai é Causa [315] do Senhor, tendo gerado Ele eternamente, e que o Senhor é o protótipo [316] do Espírito. Porque assim o Pai é Senhor, e também o Filho é Deus; “. Deus é Espírito” e de Deus, é dito que [317]
    XV.
    Nós, portanto, reconhecer um verdadeiro Deus, a Causa primeira, e um filho, Deus verdadeiro de Deus, possuindo natureza de divindade do Pai, – isto é, sendo da mesma substância com o Pai; [318] e um Espírito Santo, que, por natureza, e na verdade todos os santifica, e faz divina, como sendo da substância de Deus. [319] Aqueles que falam tanto do Filho ou do Espírito Santo como uma criatura que anathematize. Todas as outras coisas que temos de ser objetos feitos, e em sujeição, [320] criado por Deus por meio do Filho, (e) santificada pelo Espírito Santo. Além disso, reconhecemos que o Filho de Deus se fez Filho do homem, depois de ter tomado para si a carne da Virgem Maria, e não no nome, mas na realidade, e que Ele é tanto o Filho perfeito de Deus, e do perfeito ( ) Filho do homem, – que a pessoa é apenas um, e que não há um culto [321] para o Verbo ea carne que Ele assumiu. E nós anathematize aqueles que constituem adora diferentes, um para o divino e outro para o ser humano, e que adoram o homem nascido de Maria, como se Ele fosse outro que não o Deus de Deus. Pois sabemos que “no princípio era o Verbo, eo Verbo estava com Deus, eo Verbo era Deus.” [322] E nós adoramos Aquele que se fez homem por causa da nossa salvação, na verdade não tão perfeitamente como fez no corpo como, [323], mas como o Senhor que tomou para Si a forma de servo. Nós reconhecemos a paixão do Senhor na carne, a ressurreição no poder da Sua divindade, a ascensão ao céu, e Sua vinda gloriosa, quando Ele vier para o julgamento dos vivos e dos mortos, e para a vida eterna dos santos .
    XVI.
    E uma vez que alguns nos deram problemas ao tentar subverter a nossa fé em nosso Senhor Jesus Cristo, e pela afirmação de que ele não era Deus encarnado, mas um homem ligado com Deus, por esta razão, apresentamos a nossa confissão sobre o assunto da referidas matérias de fé, e rejeitar os dogmas infiel oposição à mesma. Para Deus, tendo sido encarnado na carne do homem, mantém também a sua própria energia pura, possuindo uma mente unsubjected pelos naturais [324] e afetos carnais, e segurando a carne e os movimentos carnais divinamente e sem pecado, e não apenas por unmastered o poder da morte, mas, mesmo destruindo a morte. E é o unincarnate verdadeiro Deus que apareceu encarnado, o perfeito com a perfeição genuína e divina, e nele não há duas pessoas. Também não podemos afirmar que há quatro adorar, viz., Deus e Filho de Deus, e do homem e do Espírito Santo.Portanto nós também anathematize aqueles que mostram sua impiedade no presente, e que, assim, dar ao homem um lugar no doxologia divina. Por que temos de que a Palavra de Deus se fez homem por causa de nossa salvação, a fim de que recebêssemos a semelhança da celeste, e ser divino [325] à semelhança daquele que é o verdadeiro Filho de Deus por natureza , eo Filho do homem segundo a carne, nosso Senhor Jesus Cristo.
    XVII.
    Acreditamos, portanto, em um Deus, isto é, em uma Primeira Causa, o Deus da lei e do Evangelho, o justo e bom, e em um Criador Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus, isto é, da imagem do verdadeiro Deus, de todas as coisas visíveis e filho, invisível de Deus e unigênito Filho, e Verbo eterno, a vida e auto-subsistente e ativo. [326] sempre estar com o Pai, e em um só Espírito Santo, e no advento glorioso do Filho de Deus, que da Virgem Maria se fez carne, e suportou sofrimentos e morte em nosso lugar, e veio a ressurreição no terceiro dia, e foi levado para o céu, e na sua gloriosa aparição ainda está por vir, e em uma Igreja santa, o perdão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna.
    XVIII.
    Reconhecemos que o Filho eo Espírito são consubstancial com o Pai, e que a substância da Trindade é um, – isto é, que existe uma divindade de acordo com a natureza, o Pai restante gerado, e do Filho, sendo gerado do Pai de uma geração de verdade, e não em uma formação de vontade, [327] e do Espírito sendo enviados eternamente da substância do Pai por meio do Filho, com o poder de santificar toda a criação. E nós também reconhece que a Palavra se fez carne, e foi manifestado na carne movimento [328] recebeu de uma virgem, e não simplesmente energizar em um homem. E aqueles que têm comunhão com os homens que rejeitam a consubstancialidade como uma doutrina alheia às Escrituras, e falar de qualquer uma das pessoas da Trindade como criados, ea pessoa que se separam a divindade natural, temos como estrangeiros, e ter comunhão com nenhum tal. [329] Há um só Deus, o Pai, e há apenas uma divindade. Mas também o Filho é Deus, como sendo a verdadeira imagem da divindade e somente, de acordo com a geração ea natureza, que Ele tem do pai. Há um só Senhor, o Filho, mas na forma como está o Espírito, que tem mais de [330] senhorio do Filho para com a criatura que é santificado.O Filho peregrinou no mundo, tendo recebido da Virgem carne, que Ele cheios do Espírito Santo para a santificação de todos nós, e ter dado a carne até a morte, Ele destruiu a morte pela ressurreição que tinha em vista a ressurreição de todos nós, e Ele subiu ao céu, exaltando e glorificando os homens em si mesmo, e Ele vem pela segunda vez para nos trazer novamente a vida eterna.
    XIX.
    Um deles é o Filho, antes da encarnação e depois da encarnação. O mesmo (Filho) é homem e Deus, estes dois juntos, como se um, ea Palavra de Deus não é uma pessoa, e do homem Jesus de outra pessoa, mas o mesmo que subsistiu como Filho antes foi feita uma com carne por Maria , assim constitui-se um homem perfeito, e santo, e sem pecado, e usar essa posição econômica para a renovação da humanidade e para a salvação de todo o mundo. Deus Pai, sendo Ele mesmo a pessoa perfeita, tem, assim, a Palavra perfeita nascido dele verdadeiramente. não como uma palavra que é falado, nem mais uma vez como um filho por adoção, no sentido em que os anjos e os homens são chamados filhos de Deus, mas como um filho que está na natureza de Deus. E há também o Espírito Santo perfeito fornecido [331] de Deus através do Filho para os filhos de vida, adoção e vivificante, santo e transmitir santidade para aqueles que participam dele, – não como um sopro imaterial [332] soprou-los pelo homem, mas como o processo sopro vital de Deus. Portanto a Trindade é para ser adorado, para ser glorificado, para ser homenageado, e para ser reverenciado, o Pai de ser preso no Filho assim como o Filho é Dele, e do Filho, sendo glorificado no Pai, na medida em que Ele é de o Pai, e sendo manifestado no Espírito Santo para os santificados.
    XX.
    E que a Santíssima Trindade é para ser adorado sem qualquer separação ou alienação, nos é ensinado por Paulo, que diz em sua segunda epístola aos Coríntios: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, eo amor de Deus, ea comunhão do do Espírito Santo, seja com yon todos “. [333] E, novamente, em que a epístola ele faz a seguinte explicação: “Agora o que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus, que também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações. ” [334] E ainda mais claramente que ele escreve assim na mesma epístola: “quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles Mas, quando se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado Agora, o Senhor é o Espírito.. e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados na mesma imagem, de glória em glória, como pelo Espírito do. Senhor. ” [335]
    XXI.

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