Apologética Católica

Católicos leigos não devem receber a Santa Comunhão nas mãos – Saiba porque


Comunhão na língua, de joelhos - O exemplo do Santo PapaÉ um alicerce da verdade católica, ensinado pela Igreja desde o tempo dos Apóstolos, que Nosso Senhor Jesus Cristo está realmente presente na Santíssima Eucaristia: Corpo, Sangue,  Alma e Divindade.

O Concílio de Trento definiu dogmaticamente que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente em todas as partes do Santíssimo Sacramento. O Conselho ensinou infalivelmente:

“Se alguém nega que, no venerável sacramento da Eucaristia, o Cristo todo está contido em cada espécie, e em cada parte de cada espécie, quando separados, seja anátema.”

Isso significa que o Senhor está presente até na menor partícula da hóstia, e no menor partícula que pode cair ao chão. Assim, a reverência que temos para com o Santíssimo Sacramento exige que tomemos todas as precauções que nenhuma partícula da hóstia – nem mesmo o menor – seja deixada em aberto para a profanação forma alguma.

Em primeiro lugar, São Tomás de Aquino ensinou que “por reverência a este Sacramento, nada o toca que seja consagrado.” Assim, ele disse que os vasos sagrados do altar são consagrados para este propósito santo, mas também, as mãos do sacerdote são consagradas para tocarem este Sacramento. Disse ele que não é, portanto, lícito para mais ninguém tocá-lo, a não ser para salvá-lo da profanação. (E S. Thomas de Aquino, Summa, III, Q. 82. Art. 3)

Essa reverência ao Santíssimo Sacramento, e até mesmo para as menores partículas, foi incorporada a Missa tradicional – Antiga Missa em latim – que continha rubricas rígidas sobre este ponto:

1) A partir do momento em que o sacerdote pronuncia as palavras da Consagração sobre a Sagrada Hóstia, o padre mantém o indicador e o polegar juntos em cada mão. Se ele eleva o cálice, ou vira as páginas do missal, ou abre o tabernáculo, o polegar e o dedo indicador de cada mão estão fechados. O nada toque o polegar e o indicador, mas a Sagrada Hóstia;

2) Durante a Sagrada Comunhão, o alcólito detém a patena sob o queixo daqueles que recebem a comunhão, de modo que a menor partícula não cai no chão. Esta patena é limpa depois no cálice;

3) Após a Santa Comunhão é distribuída, o padre raspa o corporal (pequeno pano de linho usado no altar) com a patena, e limpa-o no cálice de modo que se a menor partícula restar, é recolhida e consumida pelo sacerdote;

4) Em seguida, o sacerdote lava o polegar e o indicador sobre o cálice com água e vinho, e esta água e vinho é consumido com reverência para assegurar que a menor partícula da Hóstia Sagrada não seja suscetível a profanação.

Comunhão na mão e os chamados ministros leigos da Eucaristia fazem uma paródia da Verdade Divina de que Nosso Senhor está verdadeiramente presente em cada partícula da Eucaristia, e fazem uma paródia das rubricas sagradas utilizados pela Igreja durante séculos como salvaguarda contra profanação.

Porque o que acontece com a Comunhão na mão?

A Hóstia é colocada na mão, o que não é consagrado. O comungante pega com seus próprios dedos, que não são consagrados. As sagradas partículas caem no chão, pisa-se em cima e são profanados.

Da mesma forma com os chamados ministro leigos da eucarísticas, suas mãos não são consagradas, não deveriam tocar a Sagrada Hóstia. As partículas sagradas caem no chão, pisa-se em cima e são profanadas. Os dedos dos ministros leigos eucarísticos” não são lavados, portanto, qualquer partícula restante também será profanada.

Nenhuma autoridade na Igreja, nem mesmo a mais elevada, pode dispensar um católico do dever de preservar a reverência necessária devido a Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Qualquer líder da Igreja que faz isso trabalha sob a “desorientação diabólica da hierarquia superior”, advertiu a Irmã Lúcia de Fátima, e estão desviados de seu dever.

Apenas 45 anos atrás, a Comunhão na mão era impensável em igrejas católicas. Era reconhecida como sacrilégio que é. Apenas 45 anos atrás, ministros leigos da eucaristia eram impensáveis ​​em igrejas católicas. Eram reconhecidos como sacrilégio que são.

A verdade, porém, é que Deus não muda, e o dever do homem de reverência para com o Santíssimo Sacramento não muda, mesmo se temos muitos líderes que em sua liberalização destrutiva da Igreja Católica, parecem se importar muito pouco ou nada com a verdadeiro reverência que devemos a Nosso Senhor na Eucaristia.

Assim, quem recebe a Comunhão na mão, ou que recebe a comunhão eucarística de ministro leigo, ou que é um ministro leigo – na ordem objetiva – está cometendo um sacrilégio. É um desvio de uma coisa sagrada. É uma profanação do maior presente que Deus nos deu: a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Santíssima Eucaristia.

A Necessidade de Reparação

Em 1916, um ano antes de visitas de Nossa Senhora em Fátima, o “Anjo da Eucaristia” apareceu com cálice e de acolhimento para as crianças. Ele administrou a espécie sagrada para as três crianças, dizendo: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus. “O Anjo deixou o cálice e a Hóstia suspensos no ar, e prostrou-se diante Dele. As crianças o imitaram. O anjo então orou repetidamente esse ato de reparação:

“Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu vos ofereço o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores “.

Vamos cometer a memória esta oração e dize-la ao longo quantas vezes nos for possível. Os “ultrajes, sacrilégios e indiferenças” em direção ao Santíssimo Sacramento engendrado pelos católicos do mundo todo. Sacrilégio é tão comum que já não é reconhecido como um sacrilégio. A necessidade de reparação é colossal.

22 replies »

  1. Boa noite, anos atrás eu havia exposto o problema de padres não distribuírem a Santíssima Eucaristia e ficar ao encargo de leigos, bem, agora além dos MESE (Ministros Extr. da Sant. Eucaristia) distribuírem no lugar dos sacerdotes, afazem nas duas espécies na maioria das paróquias da região. Como fazer, posso receber deles a Santíssima Eucaristia nas duas espécies? Será que há algum padre tradicional que orienta acerca de tal dificuldade embasada em boa doutrina? Quanta dificuldade o progressismo gera! Agradeço se houver alguma informação de doutrina tradicional acerca desse problema. Salve Maria.

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    • Caro Herbert

      Como já deve saber, o MESE é uma realidade presente em 99% das paróquias. São usados cotidianamente ao invés de apenas em situações extraordinárias, como sugere o nome.

      Entretanto, não é contra o ensinamento católico que os ministros extraordinários existam. Mas sim que substituam totalmente o pároco ou padre que preside a missa na distribuição da Eucaristia.

      Sendo assim, não é ilícito receber a comunhão distribuída por um MESE. É apenas uma lástima que tantos padres tenham se afastado tanto da tradição e do ensinamento católicos e desprezem esse privilégio a eles conferido pela igreja.

      Pax Domini
      H.

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    • Obrigado Hellen pelo esclarecimento. O que ainda gera dúvida é a questão da distribuição pelo MESE da comunhão nas duas espécies, tenho dificuldades de tentar esclarecer isso junto a um padre e não vi livro de doutrina ou artigo que elucide essa questão da comunhão nas duas espécies distribuído por MESE, casa saiba ou conheça padre que elucide isso em termos de doutrina tradicional, muito ajudaria. Agradeço o retorno, fiquemos com Nossa Senhora.

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        • Obrigado, acabei de ler. Infelizmente o progressismo nos agride com essas dificuldades e duvidas no que tange em melhor querer viver a Fé Verdadeira no Catolicismo Autêntico. Fique com Nossa Senhora e um Santo Natal com as bençãos da Sagra Família Jesus, Maria e José.

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  2. Caro Ascendens, muito obrigado pelo que escreveu, fico feliz pelo teu ato de caridade diante de um irmão que grita pela graça de ter a oportunidade de assistência diante da “renovação do Sacrifício Incruento de Nosso Senhor através do milagre da Missa”. Como é difícil!!! Aqui onde moro estamos sem paróquia oficial pela Arquidiocese que celebre a Missa Tridentina, temos Missas pela caridade de um bispo emérito que deixa celebrar em sua capela no Instituto Bíblico de Brasília e outro em um Convento da Marcelinas pelo Pe Daniel do IBP – Instituto Bom Pastor com conhecimento de Dom Sergio que mostrou-se favorável, mas enfrenta a dificuldade de não ter uma Igreja construída para a Missa de Sempre especificamente. Portanto, temos essas graças aos domingos,as Santas Missas de Sempre, Eu desejo comungar diariamente, por isso recorro às “missas novas” estritamente para comungar, não às assisto, pois aprendi o mau que é diante da quantidade de erros oriundos do CVII, aproximo apenas para verificar o ofertório e a consagração se não teve algo que anula-se a missa e se tudo estiver certo comungo; agora tem sido muito difícil, pois a maiorias dos padres desrespeitam os documentos e o magistério da Igreja, não estão ministrando a Comunhão, ficando ao encargo de Ministros (as) Extraordinários da Santíssima Eucaristia (MESE), dificultando a possibilidade de comungar, pois fui orientado a não comungar com MESE (s), portanto muito sofrimento para quem comungava diariamente!!! Acredito que a orientação é correta, mas o sofrimento também é certo, não comungo como gostaria. Rogo para que Deus me ajude e que eu faça mais comunhão espiritual diante dessa dificuldade, Nossa Senhora ajudará!! Todos desejamos a Santa Missa, mas ela não pode ser de qualquer jeito e não sendo o “Sacrifício Incruento de Cristo”. Novamente obrigado amigo novo, reze por nós de Brasília, precisamos muito.

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  3. Estes sacrilégios e profanações, repare-se, foram cometidos apenas dentro da “nova missa”, e nunca entre os poucos que continuaram com a “missa de sempre”. Dois espíritos, dois resultados.

    Mas onde estavam as autoridades que permitiam isto? Onde estavam as autoridades que PROMOVERAM isto? Estavam no “comando”.

    E onde estavam os sacerdotes que proibiam isto!? Estavam a ser perseguidos e marginalizados… como o caso da FSSPX.

    Quantas hóstias consagradas caíram ao chão e foram pisadas nas Jornadas Mundiais da Juventude ?! Meus caros, não foram apenas DEZENAS……..

    Tivemos um Papa (Bento XVI) que alguma coisa tentou relativamente à FSSPX … mas temos agora um Papa que sente repúdio à FSSPX que acusa de viver na Igreja dos anos 40.

    Abram os olhos…

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  4. Prezados, a comunhão na mão acontece desde os princípios da nossa Igreja , para tanto queiram consultar, as Catequeses Mistagógicas de São Cirilo de Jerusalém, no Século IV, e ademais o Missal Romano, faculta ao fiel a escolha da forma de como vai comungar, seja de pé, seja de joelhos e seja na mão ou na língua. Por favor, consultem o Missal Romano, que é de uso obrigatória para a Liturgia, ou caso queiram o Código de Direito Canônico. Abçs

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    • Herbert,

      Você está correto. O missal Romano não proíbe a comunhão nas mãos… Não é isso que o artigo afirma. Ele afirma, entretanto, que a Tradição dá exemplo de tal conduta.

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    • Herbert Bruns,

      Acho que não está a ser correcto intelectualmente…

      O que se critica aqui são os sacrilégios e profanações feitas por esse tipo de “receber a comunhão” neste meio século. Portanto, vc. não pode invocar o “Missal Romano” produzido nos anos 70 do séc. XX.

      O Código de direito canónico que vc. invocou é dos anos 80 do séc. XX.

      Por favor. queria então fazer duas coisas:

      1 – Mostrar onde existe no Missal Romano (até à criação da “nova missa” de Paulo VI) tal “autorização” para a comunhão nos termos em que vc. referiu! Mostre onde existe no Direito Canónico (“anterior”) o mesmo modo de comunhão!… (não procure que não encontrará!)

      2 – Mostre em que parte do Missal Romano (de 1971) é facultado ao fiel essa forma de comunhão! Transcreva do direito canónico de João Paulo II a parte que vc. invocou.

      Desafio: mostre um QUALQUER documento da Igreja, anterior ao Concílio Vaticano II, que faculte universalmente ao fiel comungar na mão.

      Conclusão prévia: não encontrará documentos que facultem tal coisa, encontrará documentos que indiquem esse tipo de actos como sacrílegos. E toda a documentação OPOSTA (favorável ao que sempre considerámos sacrilégio e profanação), os que facultam tal forma de receber a comunhão, são TODOS posteriores ao Concílio Vaticano II. Ora… se algum documento da Igreja é contrário ao que a Igreja sempre ensinou, ele carece de autoridade mesmo que tenha sido promulgado pelo Papa (porque ao Papa foi dado poder para guardar e não para inovar a doutrina nem a moral ….. cf. Concílio Vaticano I).

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    • de acordo com o direito da Santa Igreja, “todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento” (item nº 92 da Instrução Redepmtionis Sacramentum, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, 24 de março de 2004; vid. também Missale Romanum, Institutio Generalis, nº 161).

      CATEQUESES MISTAGÓGICAS
      SÃO CIRILO DE JERUSALÉM SÉCULO QUAAAAATTTTRRRRROOO!!!!
      21 Ao te aproximares [da comunhão], não vás com as palmas das mãos estendidas, nem com os dedos separados; mas faze com a mão esquerda um trono para a direita como quem deve receber um Rei e no côncavo da mão espalmada recebe o corpo de Cristo, dizendo: «Amém». Com segurança, então, santificando teus olhos pelo contato do corpo sagrado, toma-o e cuida de nada se perder. Pois se algo perderes é como se tivesses perdido um dos próprios membros. Dize-me, se alguém te oferecesse lâminas de ouro, não as guardarias com toda segurança, cuidando que nada delas se perdesse e fosses prejudicado? Não cuidarás, pois, com muito mais segurança de um objeto mais precioso que ouro e pedras preciosas, para dele não perderes uma migalha sequer?
      Mas considerando que reconheço nos doc. do Conc. Vat. II como inquestionáveis, vindos da unica autoridade da Igreja, ….

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    • Este texto nos dá a ocasião de percorrer as grandes linhas da história da Comunhão na mão.

      1. A Praxe mais antiga

      Nos primeiros séculos, a Comunhão era colocada sobre a palma da mão dos fiéis para que a consumissem. Excetuavam-se apenas os casos de enfermidades, em que era freqüentemente depositada sobre a língua do comungante.

      O Mais antigo testemunho que se tem a tal respeito, é uma inscrição encontrada na Ásia Menor, dita “de Pectório” e datada do século II. Eis os seus dizeres simbolistas: “Ó estirpe divina do Peixe Celeste… recebe o alimento doce como o mel do Salvador dos santos; come segundo a tua fome; traze o Peixe nas mãos”.

      Nesta passagem, o “Peixe” designa simbolicamente o Senhor Jesus. Sabe-se que o Peixe (em grego, ICHTHYS) é antiquíssimo símbolo de Cristo, pois as cinco letras gregas que compõem este nome são as iniciais de uma profissão de fé em Cristo:

      J(esous) = Jesus

      CH(ristós) = Cristo

      TH(eou) = de Deus

      Y(iós) = Filho

      S(otér) = SalvadorEste texto nos dá a ocasião de percorrer as grandes linhas da história da Comunhão na mão.

      1. A Praxe mais antiga

      Nos primeiros séculos, a Comunhão era colocada sobre a palma da mão dos fiéis para que a consumissem. Excetuavam-se apenas os casos de enfermidades, em que era freqüentemente depositada sobre a língua do comungante.

      O Mais antigo testemunho que se tem a tal respeito, é uma inscrição encontrada na Ásia Menor, dita “de Pectório” e datada do século II. Eis os seus dizeres simbolistas: “Ó estirpe divina do Peixe Celeste… recebe o alimento doce como o mel do Salvador dos santos; come segundo a tua fome; traze o Peixe nas mãos”.

      Nesta passagem, o “Peixe” designa simbolicamente o Senhor Jesus. Sabe-se que o Peixe (em grego, ICHTHYS) é antiquíssimo símbolo de Cristo, pois as cinco letras gregas que compõem este nome são as iniciais de uma profissão de fé em Cristo:

      J(esous) = Jesus

      CH(ristós) = Cristo

      TH(eou) = de Deus

      Y(iós) = Filho

      S(otér) = Salvador

      No séc. III, o escritor cristão Tertuliano, no norte da África, repreendia irmãos que tinham sacrificado aos deuses, dizendo que tais cristãos se atreviam a “estender ao corpo do Senhor as mesmas mãos que haviam levado corpos (carnes imoladas) aos demônios… Ó mãos dignas de ser amputadas!” (De idol.7).

      Um dos mais belos depoimentos sobre o rito de Comunhão na antigüidade é o de São Cirilo de Jerusalém (+ 381), do que vai transcrita aqui uma passagem dirigida a cristãos adultos, que se preparavam para participar pela primeira vez do mistérios eucarístico: “Quando te aproximares, não caminhes com as mãos estendidas ou os dedos separados, mas faze com a esquerda um trono para a direita, que está para receber o Rei; e logo, com a palma da mão, forma um recipiente; recolhe o corpo do Senhor, e dize: “Amém”. A seguir, santifica com todo o cuidado teus olhos pelo contato do Corpo Sagrado, e toma-o. Contudo cuida de que nada caia por terra, pois, o que caísse, tu o perderias como se fossem teus próprios membros. Responde-me: se alguém te houvesse dado ouro em pó, não o guardarias com todo o esmero e não tomarias cuidado para que não te caísse das mãos e para que nada se perdesse? Sendo assim, não deves com muito esmero cuidar de que não caia nem uma migalha daquilo que é mais preciso do que o ouro e as pedras preciosas?” (Catequese Mistagógica V 21 s).

      No séc. III, o escritor cristão Tertuliano, no norte da África, repreendia irmãos que tinham sacrificado aos deuses, dizendo que tais cristãos se atreviam a “estender ao corpo do Senhor as mesmas mãos que haviam levado corpos (carnes imoladas) aos demônios… Ó mãos dignas de ser amputadas!” (De idol.7).

      Um dos mais belos depoimentos sobre o rito de Comunhão na antigüidade é o de São Cirilo de Jerusalém (+ 381), do que vai transcrita aqui uma passagem dirigida a cristãos adultos, que se preparavam para participar pela primeira vez do mistérios eucarístico: “Quando te aproximares, não caminhes com as mãos estendidas ou os dedos separados, mas faze com a esquerda um trono para a direita, que está para receber o Rei; e logo, com a palma da mão, forma um recipiente; recolhe o corpo do Senhor, e dize: “Amém”. A seguir, santifica com todo o cuidado teus olhos pelo contato do Corpo Sagrado, e toma-o. Contudo cuida de que nada caia por terra, pois, o que caísse, tu o perderias como se fossem teus próprios membros. Responde-me: se alguém te houvesse dado ouro em pó, não o guardarias com todo o esmero e não tomarias cuidado para que não te caísse das mãos e para que nada se perdesse? Sendo assim, não deves com muito esmero cuidar de que não caia nem uma migalha daquilo que é mais preciso do que o ouro e as pedras preciosas?” (Catequese Mistagógica V 21 s).

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  5. olá sou católico da renovação carismatica mais ainda não entendo porque a santa igreja faz a distribuição da sagrada comunhão só na sagrada hostia não entendo porque não recebemos o vinho e porque o pão foi estinto ? a biblia diz que aquele que nao comer do meu corpo e não beber do meu sangue esse não terá parte comigo ?
    pode min esplicar caramento porque as vezes ao falar com protestantes fico meio sem ter oque dizer nesse quisito

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    • Amigo Paulo,

      Aquele que recebe a Eucaristia sob uma única espécie, recebe de fato o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo. Isso é um ensinamento do Magistério da Igreja, não é opcional aceitá-lo ou não. É um dogma!
      O PÃO não foi extinto. A hóstia É o Pão! Apenas sua aparência é diferente, mas a composição, ou seja, trigo, água, é a composição do Pão.
      Ao protestante que quiser lhe “atacar” com tais acusações, diga a ele que deve estudar. Diga a ele que a Santa Igreja JAMAIS extinguiu o pão e que o VInho, em muitas paróquias é utilizado diariamente. Na minha por exemplo,é!
      Muitas vezes, em países mais pobres, por razões pastorais, usa-se apenas o pão – que é a hóstia – porque economicamente fica inviável distribuir o vinho consagrado para todos os membros da paróquias. Porém existe uma razão ainda mais forte para essa conduta da Igreja, principalmente em paróquias muito grandes, onde um grande numero de pessoas recebem a comunhão: a necessidade de evitar-se a profanação do Sangue de Cristo. Ou seja, infelizmente, o Cálice é bastante mais vulnerável a ser derramado do que a hóstia distribuída diretamente na boca do comungante, assim, para que não haja o risco de ofender aquilo que é sagrado, opta-se por não oferecer o vinho na comunhão. Mas se os fiéis realmente desejarem receber o calice do Sangue, podem, sem problemas, conversar com o Padre e pedir que ele introduza as duas espécies na Missa.

      Ore para que Deus abra o coração do seu padre. Peça a outros fiéis que façam o mesmo. Ofereça uma novena à Santa Mãe de Deus e peça a ela por suas orações à seu Filho. Depois de feito isso, fale com o Padre e continue orando.

      Para mais informações sobre isto, Leia o catecismo.

      Pax Domini,

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    • Paulo muito boa pergunta a sua,olha essa foi minha dúvida por um bom tempo e creio que é a dúvida de muitos Católicos.

      Primeiro, nem ligue para o que o protestantismo diz ou te pergunte, pois por mais que você explique, sempre eles não aceitarão sua resposta, mas que a sua pergunta sirva para sua edificação pessoal.

      Bem, vamos lá, existem duas questões sobre esse assunto, uma é a questão teológica, outra é a questão histórica.

      Teologicamente foi instituído a santa ceia com o pão e vinho, porém, vemos varias passagem bíblicas se referindo a fração dos pões, assim podemos concluir que nem sempre o vinho era usado, São Paulo diz em Corintos que aqueles que BEBE do sangue OU COME do corpo de Cristo indignamente pode estar comento a sua condenação, veja que ele diz COME OU BEBE, dando a entender que se comungar com uma das espécies você já está comungando as duas espécies. Isso foi definido no concilio de Trento, ai entra a questão histórica, no concilio de Trento ficou definido que comungar do pão (CORPO DE CRISTO) você já está comungando do Sangue também, pois o corpo tem sangue.

      Mas o por que o concilio de Trento definiu isso? FOI POR 2 MOTIVOS.

      1º) Existiu um surto de Peste na Europa naquela época, ninguém sabia como era transmitida a Peste, e para se evitar a contaminação através do Cálice, pois todos bebiam o vinho no mesmo Cálice, o concilio definiu que comungar do pão já estará comungando do vinho, assim se evitava uma suposta transmissão da Peste.

      2º) O fato de que o aumento de Fieis era desproporcional, uma coisa é você servir o vinho para 50 pessoas, outra é servir para 5 mil pessoas, então não avia como servir o Cálice para 5 mil pessoas de uma vez, fora que teria o problema de cair gotículas de vinho no chão e alguém pisar, isso seria um sacrilégio. Por esse motivo apenas os membros do Alta bebe do vinho e nós em comunhão com o Altar se comungando de uma das especies já estamos nos comungado tanto do Corpo quanto do Sangue de Cristo.

      Em determinadas missas onde o números de fieis são pequenos, normalmente o Padre serve o vinho também.

      A PAZ DE CRISTO IRMÃO PAULO

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    • Paulo,

      É estranho que vc. confie na “renovação carismática” e não faça essa pergunta a esses sacerdotes o que aconteceu com a alteração feita por ELES MESMOS, e venha perguntar aqui… Deixou de confiar neles!?

      Eu proponho que vá perguntar, e depois nos comunique a reposta.

      Obrigado.

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  6. ” Salve Maria!
    Eu gostaria de saber se há em documento ou catecismo algo que sirva como argumento do que fora exposto nessa parte abaixo copiada, que aliás concordo, mas não sei como argumentar: “Assim, quem recebe a Comunhão na mão, ou que recebe a comunhão eucarística de ministro leigo, ou que é um ministro leigo – na ordem objetiva – está cometendo um sacrilégio. É um desvio de uma coisa sagrada. É uma profanação do maior presente que Deus nos deu: a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Santíssima Eucaristia.”
    Se puderem me instruir sobre isso agradeço, pois, infelizmente, nas paróquias da minha região virou costume o Padre não ministrar a Santíssima Comunhão. O que fazer? Não receber a comunhão?
    Aguardo o seu socorro. abraços

    In Jesus et Mariae

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    • Caro Herbert,

      Antes de tudo, obrigada por enviar esta pergunta tão relevante.

      Infelizmente, na década de 60 em alguns lugares da Europa, mais precisamente na Holanda e Bélgica, alguns bispos concederam permissão para a distribuição da Eucaristia na mão, a exemplo da tradição protestante. O problema é que para o protestante a “Seia do Senhor” é apenas um símbolo, enquanto que para a Santa Igreja, ela contém a Presença Real do nosso Salvador.

      Para evitar maiores abusos e agravos, o então Papa Paulo VI emitiu um documento chamado Memoriale Domini, autorizando tanto a distribuição quanto a recepção da Santa Eucaristia na mão, sob circunstâncias específicas. Contudo, como todo abuso praticado dentro da Igreja, aquilo que era para ser uma exceção tornou-se a norma, e a norma virou exceção. Ou seja, não muito tempo depois, os fiéis católicos de outras partes do mundo adotaram a prática iniciada na Holanda.

      Circunstâncias especiais tal e qual detalhadas no Memriale Domini, quando:

      – não há sacerdote, diácono ou acólito;
      – estes são impedidos de administrar a Santa Comunhão, por causa de outro ministério pastoral ou por motivos de saúde ou idade avançada;
      – o número de fiéis a receber a Sagrada Comunhão é tal que a celebração da Missa ou a distribuição da Eucaristia fora da missa seria indevidamente prolongado.

      A Instrução estabelece que:

      Uma vez que essas faculdades são concedidas apenas para o bem espiritual dos fiéis e para os casos de genuína necessidade, os sacerdotes devem lembrar que eles não estão, assim, dispensados da tarefa de distribuir a Eucaristia aos fiéis que legitimamente a solicitem, especialmente aos doentes.

      Deste modo, a Igreja ensina o seguinte no documento Redemptionis Sacramentum :

      2. A distribuição da Sagrada Comunhão
      [88.] Os fiéis, habitualmente, recebam a Comunhão sacramental da Eucaristia na mesma Missa e no momento prescrito pelo mesmo rito da celebração, isto é, imediatamente depois da Comunhão do sacerdote celebrante.[172]
      É de responsabilidade do sacerdote celebrante distribuir a Comunhão, se é o caso, ajudado pelos outros sacerdotes e diáconos; e este não deve prosseguir a Missa até que haja terminado a Comunhão dos fiéis. Só aonde a necessidade o requeira, os ministros extraordinários podem ajudar ao sacerdote celebrante, de acordo com as normas do direito.[173]

      PS.
      No seu caso específico, eu aconselharia que continuasse a receber a eucaristia – mesmo que das mãos de leigos – uma vez que se não o fizer, será privado totalmente da recepção do Sacramento. Ou seja, é melhor receber a Comunhão e assim as graças dela proveniente, do que privar-se por conta do erro de outros.

      Pax Domini

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      • Olá! Obrigado pela resposta. A dúvida foi sanada, mas surgiu uma enorme preocupação relacionada a tal fato, a enorme quantidade de ministras extraordinárias mulheres, sempre fui orientado a não receber delas a comunhão, mas de ministros quando o padre não o fizesse, o que no Distrito Federal é como dissestes ” a regra virou exceção e a exceção virou regra” com requintes de “feminismo” reinante! Nossa Senhora de Fátima nos ajude caríssima nessa missão de viver a fé de forma verdadeira e em um mar de confusões. Novamente obrigado e fique com Nossa Senhora.
        Salve Maria!

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    • Hebert Rezende,

      Quanto à comunhão na mão tem UM MOTIVO que é dogma: o Concílio de Trento define (cuidado com a palavra “define” que ela é CONTRÁRIA ao que o “irmão Paulo” no sentido de “acordar” ou “estabelecer”; o sentido de “definir” é quem uma verdade de Fé SEMPRE EXISTENTE, estando em risco de se confundir ou de se perder, foi clarificada de forma indubitável que não se possa duvidar mais, e por isso dizemos DEFINIR) que a Hóstia consagrada é o corpo de Nosso Senhor cuja aparência é de pão (hóstia). É um milagre muito grande, porque Cristo está realmente presente na Hóstia Consagrada, em corpo (carne), sangue, alma, e divindade…. todo ele inteiro tal como aqui esteve na terra em outros tempos. Mas a Igreja ensina ainda que Nosso Senhor está contido em cada uma das partículas que se separem da Hóstia, e é por isso que até ao Concílio Vaticano II os cálices tinham de ser dourados no interior para proporcionar uma correcta limpeza das partículas e ser esse o metal mais nobre que podemos usar para acolher o corpo e sangue Divinos. A chamada “purificação” na Missa é a prova do cuidado que no culto o sacerdote tem, o mesmo se faz em relação aos panos e tudo o que toque no corpo e sangue de Deus Filho. Mas temos outra indicação que é muito oportuna lembrar: depois de consagrar a Hóstia, o sacerdote não mais toca objecto algum com o dedo indicador e polegar, mantendo-os juntos até ao momento da purificação. Esta prática foi dizimada pelos sacerdotes que começaram a rezar a “nova missa” até que a nova teologia e o convívio com as ideias protestantes foram dando lugar a uma crença descristianizada e impiedosa… Por exemplo: a “nova missa” levou os fiéis a ela a acreditar que ela é o memorial da ceia, e por isso têm hoje dificuldade em entender a transubstanciação e o grande milagre que estão presenciando, cometem sacrilégios por ignorância (foram assim ensinados). A prova disto é que um dos leitores fez aqui uma pergunta, e a ela foram dadas repostas que, no conjunto demonstram a dificuldade de entender o que é fundamental e antes estava adquirido por qualquer católico: o que materialmente interessa na hóstia é a MATÉRIA (farinha, água, e sal – se forem alteradas a matéria não é válida para a consagração), porque a Missa não é uma imitação da última ceia mas é a RENOVAÇÃO DO SACRIFÍCIO DA CRUZ, do FILHO que se OFERECE como vítima ao PAI, consumado no calvário, mas que começa com a última ceia. Quando Cristo diz “ESTE É O MEU CORPO…” antecipa o sacrifício na cruz, e faz um ACTO DE CRIAÇÃO (tal como um “faça-se a luz) que foi transformar aquele pão no seu corpo …. Sim é um anacronismo! Devido à nova missa também se deturpou o sentido do ofertório: não são o pão e o vinho que são oferecidos, mas sim é Cristo o oferecido para o sacrifício. A dificuldade de entenderem hoje a questão da matéria e da transubstanciação da Hóstia em verdadeiro corpo de Nosso Senhor, deve-se a todas as inovações feitas depois do Concílio Vaticano II que, na verdade não são católicas mesmo que tenham sido “promulgadas” por Papas (o que determina se uma coisa é ou não católica é a Doutrina de sempre e não o agente da autoridade que está sujeito à mesma doutrina e poder algum lhe foi dado contra ela).

      Ora… se o sacerdote mentem os dedos juntos para não soltar partículas, é claro que os fiéis muito menos podem tocar com suas mãos na hóstia consagrada verdadeiro Corpo de Nosso Senhor. Acontece que hoje os sacerdotes não mais são ensinados nem na doutrina nem nos costumes católicos, mas sim nas novas teologias e na opiniologia de fazer tudo o contrário do que a Igreja sempre ensinou com o menos conflicto possível (isto sim que para eles tem sido importante: levar o rebanho sem “barulho” mesmo que se sacrifique a verdade).

      Eu acho que ultrapassei a sua questão, embora não lhe tenha dado um LIVRO… Não adianta muito discutir coisas que a “nova missa” abandonou com quem ainda nem reparou que ela não é realmente católica! Por isso, não perca tempo em argumentar, mais vale estudar os argumentos em contra da “nova missa” e como deles se tentaram defender os seus apoiantes praticamente inimigos da “missa tradicional” da santa Igreja. … Depois é aproximar-se da “missa tradicional” por mão de sacerdotes que foram formados totalmente na “tradição” (lembro que hoje só lhe resta a FSSPX…. e …. e….. corra).

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