Apologética Católica

Revelação Divina, Autoridade da Bíblia e da Igreja: Respostas católicas


Se a Bíblia é o único documento deixado por Deus aos homens, quem garante que os escritos advindos de qualquer igreja vem da parte de Deus?

S. Paulo divinamente inspirado ao escrever suas EpistolasAntes de responder a este questionamento, proponho uma breve reflexão: O cânon da Igreja ao fim do terceiro século definiu quais eram os livros inspirados e quais não eram considerados Sagrada Escritura. Ou seja, para a Igreja católica o Velho Testamento constitui-se de 46 livros, enquanto para os protestantes 7 livros do VT foram excluídos. Assim, podemos argumentar do seguinte modo: Se os protestantes acatam a autoridade do cânon da Igreja para definir o que é inspiração Divina no Novo Testamento, por que então se recusam a aceitar o cânon do Velho Testamento? Ora, todo cristão  concorda que a Bíblia Sagrada, ou seja, Velho + Novo Testamento, foi definida por inspiração do Espírito Santo. Por que, pergunta-se o católico, o Espírito Santo de Deus iria permitir que a Igreja incluísse 7 livros não inspirados na Sagrada Escritura, causando com isso fontes de ‘erros’, como por exemplo a doutrina do purgatório – exposta no livro 2 Macabbeus – para somente séculos mais tarde corrigir o ‘erro’ através de Martinho Lutero?   Se o cânon do Velho Testamento estava incorreto, o que garante ao protestante que o cânon do Novo Testamento também não esteja? Eis um desafio que a ser respondido pelos opositores da Igreja e não por ela mesma.

Voltando ao questionamento, esclareço em primeiro lugar que a Igreja católica reconhece a bíblia com única fonte de revelação Divina escrita. E ela o faz de modo consistente, diferentemente dos Protestantes, pois manteve todos os livros incluídos no cânon  pelos Patriarcas da fé Cristã. A igreja afirma ainda que Deus em Seu Verbo ( Jesus Cristo ) disse tudo.  Ora, o argumento católico não é se a bíblia esta completa ou não, mas sim se ela afirma ser auto-explanatoria ou não. Em outras palavras, a questão é se a bíblia em si é a única autoridade disponível ao cristão bem intencionado aprender a fé Cristã ou não. A Igreja católica afirma que não.

Como eu já apontei aqui, a própria bíblia afirma que a Igreja é o sustentáculo da Verdade. Afirma também que Jesus não disse tudo aos Seus apóstolos e que o Espírito Santo revelaria no tempo certo todo o conhecimento necessário para a salvação dos homens: ” 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. Jo 16:12-13

Sendo assim, a Igreja entende que o Espírito da Verdade não Revelou tudo em uma só parcela aos Santos apóstolos num determinado ponto da historia, mas sim conduziu os cristãos e a Igreja, através dos séculos, ao amadurecimento da fé. Não com NOVAS revelações, mas no ENTENDIMENTO daquilo que Deus  havia Revelado em Cristo. Um claro exemplo disso é a formulação da Doutrina da Santa Trindade. A Igreja, portanto, tem como missão anunciar o evangelho a todos os homens tal e qual foi ensinado por Jesus e seus apóstolos. Isso equivale dizer que não é a bíblia por si só que ensina a fé, mas a Igreja através da bíblia.

A bíblia fala ainda claramente que não devemos desprezar a Sagrada Tradição, ou seja, não tradições humanas – aquelas podem ser mudadas e deixar de existir sem causar danos ao ensinamento da fé – mas a Tradição Apostólica, da qual São Paulo fala em suas epístolas.

15Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. 2 Tessalonicenses 2:15

O povo de Deus não questionava a autoridade de  Moisés porque não existia a bíblia.  

De fato, este argumento refuta a doutrina da bíblia como única autoridade, pois os cristãos dos primeiros quatro séculos também não tinham uma bíblia compilada e  portanto, tal e qual os judeus bíblicos – que na verdade foram os primeiros cristãos – a idéia de uma autoridade humana, no caso a dos apóstolos e mais tarde seus sucessores, não era alienígena aos fieis primitivos. Por esse motivo, a autoridade do bispo era de extrema importância no ensino da fé, pois  mesmo depois da bíblia ter sido compilada, apenas com a invenção da imprensa escrita – que ocorreu somente durante o chamado Santo império Romano em 1440 d.C –  os cristãos do mundo todo tiveram acesso a uma bíblia. Até então as bíblias existentes do mundo eram manuscritas pela igreja católica. Apesar da invenção da imprensa escrita, a disseminação da bíblia doméstica só foi ocorrer muitos séculos mais tarde, por duas razoes primordiais: o alto índice de analfabetismo no mundo e o alto preço de um exemplar bíblico.  Por esse motivo, era senso comum que o cristão acatasse a autoridade da Igreja, bem como a da bíblia Sagrada no ensino da fé. A doutrina da Sola Scriptura e em sua essência é uma doutrina criada apenas com o protesto de Martinho Lutero. Portanto, não determina ou comprova o que era aceito e praticado nos primeiros 15 séculos de Cristianismo.

Assim, é conveniente citar o exemplo de Moisés, para abrir os olhos daqueles que criticam a Igreja católica para o fato de que Deus é coerente e não mudou o Seu propósito. Ou seja, garantir que toda criatura obtenha a salvação. No passado, Deus usou os profetas, sendo o maior deles Moisés, por meio de quem Deus escolheu falar com seu povo até a vinda Seu filho Jesus Cristo. Cristo, por sua vez, antes de subir ao céu ordenou aos apóstolos, os primeiros membros da Igreja, que proclamassem em todo o mundo o que Ele lhes havia revelado. A igreja apostólica tem essa missão desde o principio, ou seja, anunciar , ensinar e proteger o evangelho revelado em Cristo e por Cristo. E justamente dai que vem sua autoridade.

Jesus nunca usou de sua própria autoridade, mas sim, dizia que nada fazia de si próprio, mas o que recebia do seu Pai. João 10:37 – Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis;

Este entendimento de João 10:37  é incorreto. Esta passagem  não trata da autoridade, e sim sobre a obediência de Cristo ao Pai. Tampouco ela afirma que Jesus ‘nunca usou de Sua própria autoridade’,  mas  que Jesus veio para fazer as Obras do Pai, porque era obediente aquele que O enviou. Na verdade, Jesus tinha TODA autoridade do Pai e não era como os profetas do Antigo Testamento que diziam: “Assim diz o Senhor”.  Pelo contrario, Cristo sempre fazia referencia as Escrituras quando proclamava o Reino de Deus, pois era pelas escrituras e pelos profetas que Deus havia se Revelado ao Seu povo.  E foi por meio delas que Deus antecipou ao Seu povo a vinda do Salvador. Quanto a autoridade de Jesus, Ele mesmo nos disse:

18E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.  Mateus 28:18. 28Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina; 29porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.  Mateus 7:28-29

Ou seja, Ele SEMPRE falou com a autoridade recebida do Pai, mas que era Dele enquato Filho enviado pelo Pai.

A partir de hoje em diante, vá para as missas e todos os outros eventos religiosos, com uma bíblia na mão, e abra-a, e leia-a, a vista de todos. Depois de algum tempo, volte aqui e dê o seu próprio testemunho disso.

No decorrer de 3 anos todo católico que frequenta a Santa Missa assiduamente, em qualquer parte do mundo,  lê a bíblia inteira! Isso porque a Santa Sé selecciona as leituras da Missa para todo o ano litúrgico. A seleção das passagens não é feita de modo aleatório, mas coerente com o calendário litúrgico. Sendo assim, na Liturgia da Palavra, quando são lidas as passagens da bíblia, temos uma sequência coerente de passagens cuidadosamente selecionadas para transmitirem a mensagem que se culmina com a aclamação do Evangelho, sobre o qual a homilia – ou sermão – é pregada.  Porém, a Missa católica não se constitui apenas pela Liturgia da Palavra. Temos também a Liturgia da Eucaristia, a Seia do Senhor, onde cumprimos a ordem de Cristo: “Fazei isto em memoria de mim”. O culto católico não se configura como um encontro de estudo da bíblia, mas de adoração extrema a Deus! O católico adora a Deus no cantos dos Salmos, nos cantos de Louvor como o Gloria in Excelsis Deo – Gloria a Deus nas Alturas – ou ainda Sanctus, Sanctus, Sanctus… A missa católica constitui-se de uma liturgia feita para a adoração perfeita do Criador do Universo e Seu Filho Jesus Cristo. A Bibilia é apenas um elemento importante do Culto, mas o foco esta em Deus, desde o ofertório, o ato de contrição, quando os católicos admitem em publico que são pecadores e pedem o perdão de Deus, porque reconhecem que o perdão vem Dele. Nesse momento da Missa cantamos o Kyrie Eleison, Christe Eleison – Senhor, tende piedade; Cristo, tende piedade…

O católico durante a Missa ouve uma passagem do antigo testamento. Canta pelo menos um Salmo e escuta a leitura de duas passagens do Novo Testamento. Tudo isso pode ser acompanhado por meio do missais, ou seja, um livro que contém as passagens devidamente organizadas de acordo com as leituras de cada Missa diária.

Portanto, recomendar que um católico leia a bíblia durante a Missa não passa de uma redundância, que eu imagino se deva a falta de conhecimento do que seja uma Missa católica!

Roma sempre foi solo fértil para heresias. Ao contrário do que muitos católicos pensam, Jesus nunca colocou os pés em Roma para evangelizar.

A Igreja católica JAMAIS em nenhum momento da historia afirmou que Jesus tivesse ido pessoalmente pregar em Roma.  Se alguém lhe disse isso, ignore!

11 replies »

  1. Salve Maria!
    Gostaria Helen de enviar-lhe algumas citações, para reflexões.
    Um grande Abraço
    Fiquem com Deus!

    “O sinal mais infalível e indubitável para distinguir um herético, um homem de má doutrina, um réprobo de um predestinado, é que o herético e o réprobo não têm senão desprezo e indiferença pela Santíssima Virgem”. – São Luís de Montfort

    “Nos tempos do anticristo se multiplicarão as seitas para minar o cristianismo e serão tolerados até o islamismo e o ateísmo”. – Cardeal Newman

    “Eu seria louco se deixasse a Igreja Católica e voltasse ao reino da escravidão protestante.” – Cardeal Newman

    “É evidente que um sistema religioso que afirma aceitar inteiramente o Cristo e todo o seu ensinamento, mas que leva em sua essência o vírus mortal da divisão do corpo de Cristo, somente pode ser definida como anti-cristo. Anti-cristã. Não há justificativa alguma ao fato de que o protestantismo tem sido absolutamente incapaz de manter uma unidade eclesial interna minimamente respeitável. Quando os protestantes se insurgem em apontar, com seus tratados e comentários bíblicos, os erros doutrinários do catolicismo, não se dão conta que a simples existência de uma miríade de denominações protestantes independentes umas das outras é, nos seus olhos, uma trave de proporções apocalípticas.

    Parece forte dizer isso, mas a verdade é que o protestantismo é a negação de Cristo desde o momento em que, na prática, nega a existência de uma só Igreja de Cristo, com uma só fé, com um só batismo e um só credo. E, negando a existência dessa Igreja, que é o corpo de Cristo, está se negando o próprio Cristo, ainda que inconscientemente”. – O princípio “Solo Christus” visto por um ex-protestante: http://refletirhoje.blogspot.com/2012/02/o-principio-solo-christus-visto-por-um.html?spref=fb

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  2. Helen;

    Estas de parabens! o seu blog é rico e fiel ao magistério,atravez do seu blog eu aprendi muito sobre o cristianismo e a bíblia.
    Fui protestante mas hoje graças á Deus sou Católico.

    Sobre as datas que Alencar postou já foram refutadas ,alias todo protestante cita alguma data sobre assunto que ele não aceita ou não entende.
    Por exemplo se Alencar fosse TJ colocaria ano de 325 e diria que a SS trindade é falsa.
    E se fosse Adventista colocaria o ano de 364 Concilio Regional de Laodiceia e dira que o Domingo é falso.

    Sr Alencar, Helen já demonstrou por A+B que conhece melhor a história do Cristianismo e a Bíblia que o Sr.

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  3. Helen, Sobre:

    Em outras palavras, a questão é se a bíblia em si é a única autoridade disponível ao cristão bem intencionado aprender a fé Cristã ou não. A Igreja católica afirma que não.
    Você afirma que “não” como se os católicos fossem incumbidos de terminá-la. É muita pretensão.
    Seus argumentos caem por terra com estes versículos:

    Gálatas 1:8-9
    8 – Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema.
    9 – Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.

    Mateus 5:19 – Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.

    1 Coríntios 3:11 – Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo.

    2 Coríntios 11:3-4
    3 – Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
    4 – Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.

    Apocalipse 22:18-19
    18 – Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro;
    19 – e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.

    O povo questionava a autoridade de Moisés, sim, porem, a cada rebelião, Deus operava grandes obras, de modo a reprimi-los.
    Abriu o Mar-Vermelho, Alimentou com maná, tirou água da rocha, colocou coluna de fogo, fez milhares caírem mortos, etc.

    Afirmar que a Bíblia só foi compilada a partir de 1440 é no mínimo, ignorância.
    Atos 1:1 e 1:7-8, deixa bem claro que os apóstolos iniciaram escritas acerca de tudo. Depois, se correspondiam por epístolas (cartas) com o propósito de fortalecerem outros discípulos. Depois, João escreveu Apocalipse, já com idade avançada. Com a morte dos apóstolos, toda esta documentação transitou por mais de 3 séculos entre seus seguidores (cristãos), através dos originais e de cópias manuscritas, antes de surgir a igreja católica. A Palavra de Deus veio a ter dificuldade de circulação muito tempo depois, com a proibição, por parte da igreja católica, durante a inquisição, até culminar com o protestantismo, por conta das heresias absurdas impostas pelo vaticano. Mesmo assim, várias compilações clandestinas foram feitas e transitadas em sigilo.

    E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Mateus 28:18. Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina; porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas. Mateus 7:28-29
    Mais uma vez você faz trocadilho de um versículo com outro de modo que, quem não lê a bíblia, pensa se tratar do mesmo entendimento:
    Você coloca “Mateus 28:18” como se completasse “Mateus 7:28-29”.
    Ora, em Mateus 28:18, Jesus já havia morrido e ressuscitado, e agora estava com todo poder de Deus, porque agora é Deus, enquanto que em Mateus 7:28-29, Jesus ainda ensinava (não tinha sido crucificado ainda) e obedecia a vontade do Pai, e o versículo diz “como quem tem autoridade”, e não “com autoridade”.
    Agora, eu tenho a obrigação (em nome de Jesus) de repreender-te sobre esta trapaça intelectual. Deus não precisa de reforço intelectual em sua defesa.

    A seleção das passagens não é feita de modo aleatório, mas coerente com o calendário litúrgico. Sendo assim, na Liturgia da Palavra, quando são lidas as passagens da bíblia, temos uma sequência coerente de passagens cuidadosamente selecionadas para transmitirem a mensagem que se culmina com a aclamação do Evangelho, sobre o qual a homilia – ou sermão – é pregada.
    Ora, as igrejas de qualquer religião que manipulam seus fieis fazem uso deste artifício. Desta forma dão a conhecer somente aquilo que lhes interessam e da forma que lhes convém.
    Este processo de cauterização da mente é utilizado por religiões, principalmente aquelas que garantem aos fieis seguidores, lugar no céu. Mas o lugar no céu não está nas mãos da igreja, nem de São Pedro. Está unicamente nas mãos Daquele que veio nos resgatar com o holocausto do seu sangue.
    Eu sei que você lê a bíblia livremente, mas sem perceber, já está com a mente cauterizada.
    Quando, em outro comentário, eu disse para ir a missa com a Bíblia, eu disse para lê-la nos intervalos antes e depois, a título de evangelização, e não para atrapalhar o evento. No dia que você fizer isso, serás odiada pelos seus próprios irmãos de igreja. Digo isso com conhecimento de causa.

    Mais uma vez quero pedir para não tomar este comentário como uma ofensa à sua igreja ou algo pessoal. Meu objetivo é evangelizar, apesar de saber que você acha isso um absurdo, mas a voz do Espírito Santo fala mais alto.

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    • Prezado Alencar, agradecemos a participação. Eis a minha resposta…

      Não, meus argumentos não caem por terra abaixo com as citadas escrituras. Seu problema, acabo de concluir, vai além da parcialidade ao refletir sobre os assuntos da fé, mas é também de interpretação de texto!!! Leia de novo suas passagens. Elas falam de acrescentar, modificar, adicionar, distorcer o evangelho!! Não falam de autoridade para ensinar o evangelho, que é o tema aqui debatido!!!

      Vamos ver o que a bíblia nos fala: Eu lhe pergunto, após ter sido convertido a caminho de Damasco, o Santo Apostolo Paulo saiu pregando o evangelho por conta própria, ou foi primeiro ter com o chefe dos apóstolos, S. Pedro? Não foi ele humildemente pedir permissão para pregar a luz do Nosso Senhor Jesus Cristo, justamente àqueles que tinham autoridade para ensinar o evangelho, pois conheciam a mensagem de Cristo tal e qual ensinada por Ele? Sim, Paulo foi pedir permissão! E só a ganhou depois que Pedro e os demais confirmaram que Paulo estava apto para ensinar o que era reto e justo diante de Deus, ou seja, o Verdeiro Evangelho.

      Moisés e sua autoridade:
      Novamente reafirmo, o povo ouvia a Moisés e o tinha como uma autoridade na terra no como Mediador entre eles e Deus. Porém, questionavam sim a lealdade de Deus, tolos que eram. Por isso, Deus enviava sinais, não para que o Povo acreditasse em Moisés, mas Nele próprio!

      A bíblia foi compilada no TERCEIRO século, sr Alencar! Por favor, leia de novo meu artigo, esta escrito la claramente. Eu ate afirmo que ate a inversão da imprensa escrita ela era manuscrita pela Igreja – monges em mosteiros – pois a produção em série era impossível. Eu afirmo, contudo, que a IMPRENSA ESCRITA foi inventada em 1440 dC! Outra vez, seu problema é interpretação de texto. Mais adiante, eu não estou a negar que parte do Evangelho já estava escrita quando Paulo escreveu suas epístolas. Haviam textos sendo produzidos já no primeiro século, mas NADA havia sido compilado até a cânon do Novo Testamento, portanto nem tudo o que circulava era, ou melhor, podia ser definitivamente considerado ‘Sagrada’ Escritura !

      Passagens citadas:
      Calma Alencar, eu usei as passagens em Mateus 28:18” e Mateus 7:28-29” não com o intuito de sugerir que uma complete a outra! Mas usei-as sim com o propósito de provar, como provei, que seu entendimento sobre a autoridade de Cristo – ou a ausência dela, como o sr afirma – estava completamente equivocado, já que ambas as passagens se referem a autoridade de Jesus!! Mais uma vez, seu entendimento e interpretação de texto foram sofríveis!

      Seleção da Passagens bíblicas para leitura da Missa:
      Ora, nesse tema o Sr mostrou realmente que não existem argumentos neste mundo capazes de desencorajar seu desígnio de retaliar qualquer fato sobre a Igreja católica. Sua obstinação eh tão grande que o impede de ver as coisas com clareza. Ao contrario de sua ‘teoria conspiratória’ o Vaticano selecciona as passagens com a cautela enquanto uma Igreja que quer ensinar aos seus fieis os mistérios da fé. O calendário litúrgico direciona a seleção de passagens, isso deveria bastar, mas vejo que o sr necessita que alguém segure na sua mão e o conduza ao entendimento do que foi escrito.
      Vamos usar um exemplo: a leituras da Pascoa tratam do mistério pascoal e não do nascimento de Cristo ou outro evento, com isso, a igreja selecciona as leituras de modo a conduzir cada um a reflexão dos eventos que tomaram lugar naquele momentos da paixão de Nosso Senhor. Da mesma forma, os Salmos Responsoriais, as passagens do Antigo testamento devem converter o pensamento justamente ao tema da Missa… Levando assim a uma interiorização do que se esta lendo. Portanto, não se trata apenas de uma miscelânea de leituras sem critério, que não necessariamente se relacionam uma com a outra!!!

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      • Cara Helen:

        Eu tinha preparado uma réplica com seus textos e contextos repletos de “segundas intenções”, e temas heréticos (extra bíblicos) praticados por sua igreja, tais como:
        Culto aos santos em 370 dC.
        Oração pelos mortos em 400 dC.
        Em 431 dC Maria é proclamada mãe de Deus.
        Culto a imagens e relíquias em 789 dC.
        Assunção de Maria em 819 dC.
        Canonização dos santos em 880 dC.
        Adoração à hóstia em 1220 dC.
        Em 1229 dC os leigos são proibidos de ler a bíblia.
        Procissão do santíssimo sacramento e a oração da ave-maria em 1311 dC.
        Em 1546 dC é declarado que a Tradição tem autoridade igual à Bíblia (isto é muito grave).
        Em 1950 dC a assunção de Maria transforma-se em artigo de fé.

        Mas fui compelido a escrever apenas este versículo:
        Apocalipse 22:11 – Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.

        Que a misericórdia de Deus te alcance e Jesus venha a ser seu único caminho, verdade e vida.

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        • Alencar, que bom que resolveu nos poupar da inconveniencia!

          Para encerrar nossa ‘conversa’ sinto-me compelida a lhe dizer o seguinte; em 2 mil anos de historia a Igreja catolica enfrentou adversarios e opsitores significantemente mais preparados e capacitados que o Sr. Por outro lado, ela, a Igreja, teve a seu favor mentes muito mais brilhantes e iluminadas que a minha para fazer a sua defesa. O que tento dizer eh o seguinte, eu nao posso defender a igreja tao bem como, por exemplo, S. Tomas de Aquino e outros tantos doutores da igreja, teologos e Santos o fizeram ao longo dos seculos. Do mesmo modo, reconheco que seus argumentos por mais bem-intencionados e sinceros, sao na verdade mediocres, e jah foram exaustivamente explicados e refutados pelos ilustres filhos da Igreja no decurso de sua historia. Portanto, se o senhor estiver disposto a ‘realmente’ obter as respostas aos seus questionamentos, sugiro fortemente que busque-as nos escritos das grandes mentes catolicas que ja passaram por esse mundo. Uma delas, posso lhe assegurar ainda esta viva: Joseph Ratzinger, o mais brilhante teologo vivo que por acaso, tambem eh o nosso Papa. No momento estou a ler a obra do Santo John Henry Newman, Apologia Pro Vita Sua, mas ha tambem a sua Summa Theologica, um classico em teologia crista. Canonizado a pouco, e responsavel pela conversao de incontaveis protestantes ao catolicismo, Newman eh uma otima leitura para o Cristao sincero que deseja pelo menos averiguar se tudo aquilo que ele odeia, ou acredita odiar na Igreja Catolica eh realmente verdade. Newman era protestante e como profundo conhecedor das escrituras pos-se a missao de derrubar a Igreja Catolica. Resultou que com sua missao acabou se convertendo, pois descobriu na Igreja de Roma a plenitude da Verdade.

          Mas se o seu desejo for apenas a critica cega, ai eu lamento que tanta energia seja usada em vao. A sua biblia eh incompleta. O seu entendimento, portanto, tambem o eh. Sendo assim, como acha que com isso pode vir ‘evangelizar’ aqueles que praticam uma fe que existia a 1500 anos antes da sua?

          Finalmente, vale salintar que este blog eh feito por Catolicos para Catolicos e tem como objetivo permitir que os bons Catolicos conhecam a propria fe e com isso nao deixem a verdadeira Igreja de Cristo, onde se encontra a plenitude da pratica crista, para praticarem um cristianismo incompleto.

          Nos Catolicos amamos a Biblia. Louvamos a Deus. Venereamos os santos – veja, o Sr usa a palavra CULTO aos santos, provalvemente porque desconhece a diferenca entre Latvia, Doulia, Hiperdoulia – Mas esse eh um problema seu, que nao aprendeu Grego e nao tem uma igreja para lhe explicar. Nos catolicos temos!

          A Paz do Senhor.
          Helen

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          • Oi Helen se nao se importa gostaria apenas acrescentar um ponto que e’ mal compreendido. Alem da questao de os protestantes nao entenderem a comunhao dos santos, quanto a sua diferenca entre veneracao / adoracao, vale ressaltar que: Cristo e’ o Salvador do mundo, portanto unico mediador entre a humanidade perdida e seu Criador. A Igreja e’ o seu corpo, portanto Ele (cabeca) e a Igreja (corpo) sao o Cristo completo, mediador. A comunhao dos santos subsiste dentro da Igreja, portanto eles sao parte do corpo de Cristo, assim como nos, e podem sim interceder por nos assim como nos, membros deste mesmo corpo, intercedemos uns pelos outros. Essa doutrina, dessa comunhao viva e atuante dentro do Corpo mistico de Cristo, A Igreja, e’ uma das verdades mais bonitas que somente existe na Igreja fundada pelo Salvador. Porem, sem a luz do Espirito Santos e entregue a livre interpretacao da Biblia, os protestantes nao o conseguem enxergar. Abracos.

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            • Fabio,
              Muito bem lembrado. O Corpo, do qual os santos fazem parte, e a Cabeça são UNOS!!
              A Doutrina da COmunhão dos santos é lindíssima, pois expressa ainda mais a bondade de DEus, que permite que nós pobres mortais, um dia no céu sejamos eternos e possamos ajudar com nossas orações aqueles que necessitam.

              Pax Domini,

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