Tradição Sagrada não deve ser confundida com tradição humana; também chamada de costumes e disciplinas. Jesus algumas vezes nos repreendeu por nossos costumes e disciplinas, mas apenas quando contrários às Leis de Deus (Mr 7:8). Entretanto, Ele nunca condenou a Sagrada Tradição, e nem tampouco, condenou toda e qualquer tradição humana.
Muitos não-católicos não percebem a diferença entre Tradição Sagrada e tradição humana na Igreja Católica, e erroneamente presumem que toda tradição vista na Igreja seja criação humana. Muitos até mesmo acreditam que a Igreja Católica e Apostólica valorize meras tradições em detrimento da Revelação Divina, legada à ela por meio Escrito – Bíblia – e Oral – ensinamentos apostólicos. Isso é um equívoco muito sério e deve ser esclarecido.
A Sagrada Tradição e a Bíblia não são revelações opostas que competem entre si. São, na verdade, duas partes integrantes do depósito da Fé, forma pela quail a Igreja transmite o Evangelho. Os ensinamentos Apostólicos, tal e qual a Santíssima Trindade ou o batismo infantil, a inerência da Bíblia, o purgatório, e a perpétua virgindade de Maria têm sido claramente ensinados por Tradição, e mesmo que estes ensinamentos estejam apenas implicitamente presentes na Bíblia, eles não são contrários à ela. A própria Bíblia nos diz “conservai as Tradições” conforme nos foram transmitidas, seja por via escrita ou por forma oral. (2 Tes. 2:15, 1 Cor 11:2).
Tradição Sagrada, portanto, não deve ser confundida com costumes, tais como a oração do Rosário, celibato sacerdotal, o jejum ou abstenção de carne às Sexta-feiras ou na Quaresma. Estas são tradições boas e úteis, pois glorificam à Deus, mas não são doutrinas. A Tradição Sagrada preserva doutrinas primariamente ensinadas por Jesus aos Seus Apóstolos, e mais tarde transmitidas à nós pela Igreja, sob a liderança dos sucessores dos Apóstolos, os Papas e bispos.
Elogio-vos, porque em todas as ocasiões vos lembrais de mim, e porque conservais as tradições conforme eu vo-las transmiti. (1Cor 11:2)
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